A Prefeitura de BH e a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG) confirmaram na sexta-feira (29) a detecção de uma microbactéria de crescimento rápido em uma clínica de cirurgia plástica no centro da capital.
Oito dos 16 casos confirmados da bactéria aconteceram onde a dentista Camila Groppo atuava. Os procedimentos ocorreram no pescoço, em uma cirurgia para retirar a gordura localizada no pescoço, também conhecida como “papada” ou “queixo duplo”.
Em resposta à situação, o Estado emitiu uma nota técnica enviada a várias entidades de saúde, incluindo hospitais, órgãos de vigilância sanitária, a Associação Mineira de Epidemiologia e Controle de Infecções e o Conselho Regional de Odontologia (CRO). As secretarias continuarão monitorando os casos, que também estão sendo investigados pela Polícia Civil e pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG).
A investigação sobre a contaminação começou após denunciantes formarem um grupo no WhatsApp para compartilhar suas experiências. A defesa da dentista argumenta que as infecções bacterianas podem ter várias origens e que cada alegação das supostas vítimas deve ser analisada individualmente.
Os procedimentos na clínica foram realizados em dezembro de 2023, e as pacientes ainda enfrentam as consequências do surto. De acordo com a Prefeitura de BH, a infecção por essa micobactéria pode levar a condições graves, incluindo a formação de abscessos, e o tratamento envolve cirurgia e uso prolongado de antimicrobianos.
A clínica foi inspecionada e fechada em 11 de março devido a irregularidades que colocavam em risco a saúde dos pacientes. Se a ordem municipal for violada, a multa pode chegar a R$ 9.979,53, e os proprietários podem enfrentar um processo civil-público.