A Justiça indeferiu, nesta segunda-feira (22), o pedido do Ministério Público (MPMG), da prisão preventiva de Lorena Marcondes, presa desde 22 de março. Segundo o Tribunal de Justiça ela deve ser solta a qualquer momento.
A decisão foi da juíza da 3ª Vara Criminal da Comarca de Divinópolis, Marcilene da Conceição. Ela determinou uma multa de R$ 40 mil reais, para as quatro ocasiões em que a biomédica descumpriu medidas cautelares e fez publicações nas redes sociais. No entanto, considerou que a prisão preventiva seria “medida desarrazoada, desproporcional e mais gravosa que a própria prestação jurisdicional em sentença”.
Além disso, Lorena foi proibida de acessar redes sociais e aplicativos de mensagens, com o monitoramento do Ministério Público para garantir o cumprimento da determinação. A magistrada destacou que um novo descumprimento das medidas resultará em prisão.
Procurada, a defesa de Lorena Marcondes não respondeu aos nossos questionamentos.
Relembre a cronologia dos fatos envolvendo Lorena:
No dia 8 de maio deste ano, Iris Doroteia Martins, de 46 anos, morreu após um procedimento estético em uma clínica no Centro de Divinópolis. O estabelecimento pertencia a biomédica e influencer Lorena Marcondes.
De acordo com a Polícia Civil, a paciente entrou na clínica por volta das 6h30. Íris, de 46 anos, teria pago R$ 12 mil por uma lipoescultura em uma promoção de Dia das Mães.
Por volta das 10h20, a vítima entrou em parada cardiorrespiratória. Uma ambulância a encaminhou em estado grave para o Complexo de Saúde São João de Deus. Porém, ela não resistiu aos ferimentos e faleceu no hospital no mesmo dia. Iris deixou um filho de 12 anos.
Em seguida, Lorena e a técnica de enfermagem, Ariele Almeida, foram presas em flagrante e encaminhadas para o Presídio Floramar. Então, já no dia 24 de maio, as duas acusadas receberam habeas corpus parcial e passaram a cumprir prisão domiciliar. Em julho, elas tiveram a liberação total.
No dia 24 de outubro, a Polícia Civil concluiu o inquérito da morte de Iris Martins. Ao todo, o documento contém mais de 750 páginas, além de 20 perícias e relatos testemunhais. Por fim, a PC indiciou Lorena por homicídio doloso qualificado por motivo torpe e traição. Atualmente, o caso tramita no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) em sigilo.
Lorena Marcondes foi presa nesta sexta (22), em Nova Lima, na Grande BH. De acordo com a Polícia Civil, o Ministério Público analisou o caso e representou pela prisão.
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