Por Oliveira Lima
“Será no interior da Colômbia, cidade de Valledupar, no Departamento de César, Estádio Armando Maestre Pavajeau, que vai começar a chamada ” Era Pedro Lourenço” no Cruzeiro. O novo dono do clube é velho conhecido de todo mundo no futebol brasileiro. Torcedor, sócio, conselheiro e até então uma espécie de mecenas do clube, é ativo há mais de 10 anos, como patrocinador e investidor. Há uma década é um dos principais pilares financeiros do Cruzeiro e nos últimos anos o principal.
Na prática Pedro Lourenço estará dando sequência ao plano de recuperação total do clube, iniciado em janeiro de 2022 por Ronaldo Fenômeno, o primeiro dono. Antes de Ronaldo, o herói foi o presidente Sérgio Rodrigues, que herdou o clube e time em total desgraça provocada pela gestão criminosa de Wagner Pires de Sá. A história vai contar para a posterioridade o esforço gigantesco de Sérgio Rodrigues, naquele tempo presidente de uma associação esportiva pra lá de falida. Coube a ele deslumbrar a saída; transformação em clube empresa(SAF) e vender o Cruzeiro à Ronaldo Fenômeno.
Coube à Ronaldo a árdua tarefa de tirar o Cruzeiro do inferno(pra ele uma UTI) e colocá-lo no purgatório(pra ele um quarto de hospital). Recuperou tudo: credibilidade, respeito, saneamento, casa em dia, e o amor ao clube. Hoje o Cruzeiro anda com suas próprias pernas, mesmo que a caminhada ainda seja de muita recuperação. Aliás este é o termo que norteia o clube: recuperação judicial, a sobrevivência.
Agora a vez de Pedro Lourenço, dando sequência ao caminho iniciado por Sérgio Rodrigues e Ronaldo Nazário: Dívida, que é ainda muito grande, mas equacionada, e com poder de compra maior ,mais investimento, o plano é mesmo mudar de “patamar”, com o próximo salto sendo melhorar o nível técnico do elenco(a partir da janela de junho) e sonhar com algo mais que simplesmente “evitar rebaixamento à Série B”. Até mesmo levar mais à serio a atual Copa Sul-Americana e sonhar com uma colocação mais alta no Brasileirão, com olhos para pelo menos uma “pré-libertadores”. Assim nesta terça, começa na Colômbia, um Cruzeiro de olho no futuro mais promissor, de “outro patamar”