Único pentacampeão mundial e organizador de um dos melhores campeonatos de futebol profissional do mundo, o Brasil é reconhecido globalmente como o “País da Bola”, onde o futebol é considerado verdadeira paixão nacional. Caminhar ao lado deste sentimento, visando a mobilização necessária para a construção de um país melhor e mais solidário é, portanto, muito mais que viável, verdadeira obrigação.
Diante disso, o Clube Atlético Mineiro, por meio do Instituto Galo, e o Fortaleza Esporte Clube, através da Associação Bem Tricolor, uniram-se no nobre propósito de incremento da Responsabilidade Social no futebol brasileiro, aprimorando e ampliando os trabalhos já em curso, que hoje vêm transformando a vida de milhares de pessoas em Minas Gerais e no Ceará.
No jogo entre Galo e Fortaleza, nesta quarta-feira, pela 31ª rodada do Brasileirão, as duas equipes terão, em suas camisas, um patch alusivo à causa. Antes da partida, alunos do projeto Escola do futuro, do Instituto Galo, irão circular uma faixa alusiva à campanha, em volta do gramado da Arena MRV.
Neste ato, portanto, e dando sequência ao trabalho já realizado por nossas Instituições, clamamos a união de todos os demais clubes brasileiros em torno das causas sociais, a fim de se viabilizar e potencializar ações conjuntas por todo o País, de forma coordenada, a partir do engajamento popular que o futebol culturalmente proporciona.
A rivalidade no gramado é sadia e impulsiona as disputas, devendo manter-se restrita às competições esportivas. Já no campo da Responsabilidade Social, é fundamental que joguemos juntos, pois vivemos no mesmo país e almejamos objetivos comuns, dentre eles, a melhor qualidade de vida para milhões de brasileiros vulneráveis.
A tradição do nosso futebol e o talento de nossos atletas contrastam com os enormes problemas sociais do Brasil. A pobreza no País, em 2021, alcançou 62.5 milhões de brasileiros, o equivalente a 29.4% da população, enquanto 17.9 milhões de irmãos se encontravam na chamada “extrema pobreza” em 2022 – 8.4% da população.
A disseminação e ampliação de ações de Responsabilidade Social é fundamental para a modificação deste inaceitável quadro de desigualdade e vulnerabilidade extremas, especialmente em países em desenvolvimento como o nosso. Neste sentido, a adoção de medidas voluntárias pelo setor privado tem grande impacto e capilaridade.
Por fim, mas não menos importante, é necessário entender que Responsabilidade Social não se restringe, ou se confunde, a atos isolados de filantropia e/ou ações de marketing social que, em muitos casos, apenas camuflam, provisoriamente, tristes realidades cotidianas, e não modificam, em longo prazo, a dura realidade de quem vive em situação de pobreza extrema, com pouco acesso, ou nenhum, a condições básicas de dignidade humana.
Os clubes brasileiros de futebol estão, pois, convidados a fazer parte dessa jornada de solidariedade e cerrar, ao nosso lado, fileiras pelo bem-estar social da nossa população, de nossos torcedores. É hora de deixar de lado a crítica fácil, ainda que justa e justificada ao Poder Público, e contribuir para o desenvolvimento e sustentabilidade do nosso querido País.
Venham jogar conosco! Juntos seremos ainda mais fortes e relevantes para o Brasil.