A operação ‘Lucanus’, da Polícia Civil, cumpriu 13 mandados de busca e apreensão contra o tráfico de drogas e armas feitos por uma facção criminosa de BH. As principais áreas de atuação dos traficantes são o Aglomerado da Serra e a comunidade ‘Pau Comeu’, na capital.
Além disso, os policiais também estiveram em quatro cidades da região metropolitana, em Contagem, Betim, Sabará e Ribeirão das Neves. Nessas cidades, há “filiais” do tráfico e pontos de estoque de armas e drogas.
Ao todo, 80 policiais civis entraram nas comunidades, nas quais o tráfico determina as leis de trânsito e monitora todas as entradas e saídas da Serra. Em uma das faixas, os criminosos proíbem atitudes como ‘dar grau’, ‘fazer cavalo de pau’ e ‘cabritar’, que é pilotar motos roubadas e não chamar atenção das autoridades.
As investigações identificaram 21 traficantes com diversas funções, desde o olheiro, gerentes até mesmo o chefe da facção. Uma pessoa foi presa durante a operação ao tentar interferir na ação dos policiais. Além disso, uma esposa de um dos alvos foi levada à delegacia após o companheiro fugir. Também foram apreendidos mais de 12 kg de maconha e materiais usados para o comércio dos entorpecentes.
Tráfico no ‘atacado’ em BH ligação com o PCC
Segundo as investigações, traficantes da Serra realizam negociações do tipo atacado é direcionado para outros líderes locais das comunidades, enquanto o varejo opera através de vendas a pequenos consumidores. As entregas são feitas, principalmente, por delivery.
Como não existem lotes de produção de drogas em grande escala na Grande BH, a Polícia Civil está investigando a conexão do tráfico no Complexo da Serra com facções criminosas de nível nacional e até mesmo internacional. A chamada rota caipira estabelece uma conexão com o crime em São Paulo, berço do Primeiro Comando da Capital (PCC). Já em relação a facções estrangeiras, há a possibilidade de alianças com grupos da Colômbia, Bolívia e Paraguai.
As investigações seguem para identificar e prender mais envolvidos.
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