Minas Gerais registrou 3.658 focos de incêndio em vegetação neste ano, um aumento de 52% em comparação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esse é o maior número de casos desde 2021, quando foram registrados 3.518 focos. O período de estiagem é apontado como um dos fatores que contribuíram para esse aumento. A Defesa Civil de Minas Gerais informou que 137 cidades do estado estão em situação de emergência devido à seca. Em BH, não há registro de chuvas há mais de 100 dias.
Além das condições climáticas, incêndios provocados também foram registrados em várias regiões do estado. Um dos incidentes ocorreu no Parque Nacional da Serra do Cipó, na Região Central de Minas Gerais, onde mais de 8 mil hectares foram destruídos, incluindo áreas próximas à Cachoeira do Tabuleiro, a terceira maior do Brasil.
Outro incêndio significativo ocorreu na Serra da Moeda, na Grande BH, onde a vegetação foi devastada em três dias. As chamas foram controladas na quarta-feira (21), com o auxílio de um avião e um helicóptero que transportou equipes para áreas de difícil acesso. Mais de 50 bombeiros e brigadistas atuaram no combate ao fogo. Em algumas áreas, moradores tiveram que deixar suas casas devido ao risco de o incêndio se aproximar das residências.
Em BH, somente este ano, já foram registrados 732 incêndios em vegetação – uma média de 97 chamados por mês. No ano passado foram cerca de 80. Mais de 2,3 mil bombeiros trabalharam para combater essa demanda.