Bernard completou dez jogos desde o retorno ao Atlético. Principal nome do clube na janela do meio do ano, o meia-atacante ainda não tem participação em gol e busca se firmar entre os onze iniciais. Para isso, entende que ainda precisa de mais tempo para se adaptar ao calendário brasileiro.
Cria do Galo, Bernard ficou 11 anos fora do país. Passou por diversas ligas, como da Inglaterra e da Grécia, em um calendário mais enxuto comparado ao brasileiro.
Em 2023/ 2024, por exemplo, disputou 49 jogos no futebol grego. Até aqui, o Atlético já disputou 45 jogos e ainda tem metade do Brasileiro, Copa do Brasil e Conmebol Libertadores.
“O calendário, às vezes, judia um pouco. Muito se fala sobre isso. É complicado, mas temos que fazer o que podemos. É comer bem, dormir bem e se alimentar bem. O futebol não tem espaço para o amadorismo. O Atleta tem que estar preparado”.
“Não é tão fácil. Fiz dez jogos, ainda é cedo. Estou fazendo tudo que eu posso. Ano passado, eu fiz 44 jogos. Esse ano, já tem mais de 42. É uma sequência e um volume de jogos grande. As coisas não são tão fáceis depois de um longo tempo fora. Estou fazendo o meu melhor para me readaptar”.
Bernard tornou-se ídolo do Atlético ao fazer parte da conquista da Libertadores de 2013 e se firmar como um dos protagonistas do ataque, sempre aberto pelo lado esquerdo.
No exterior, o meia-atacante passou por transformações, variou de posição e ficou mais como um meia por dentro, com liberdade para chegar na área.
Com Milito, é assim que ele tem entrado. Até aqui, foi titular em sete dos dez jogos e ainda busca se firmar entre os onze.
“Quando fechei com o Atlético, o Felipão estava aqui. Então, acredito que ele (Milito) chegou, viu alguns vídeos meus nos últimos anos. Eu vinha jogando mais centralizado, pelo lado esquerdo. Quero ajudar o Atlético de todas as formas, conquistar títulos”.
Com a classificação às quartas da Libertadores, o Atlético terá um calendário recheado nas próximas semanas. No sábado, recebe o Fluminense pelo Campeonato Brasileiro. Na sequência, visita o São Paulo pelo jogo de ida das quartas da Copa do Brasil.
Para Bernard, o elenco fará a diferença para o clube aguentar essa maratona.
“É importante ter um grupo qualificado também. É impossível o mesmo time jogar todos os jogos da temporada. Tem que ter o rodízio, se não acaba tendo muitas lesões. É virar a chave”.