Seis meses após a apreensão de quase 6 mil garrafas de cerveja adulterada, a Polícia Civil voltou a Caeté e fechou uma distribuidora que seria o centro de um esquema criminoso. A operação, realizada na quarta-feira (22), escancarou uma rede de falsificação envolvendo uma marca nacionalmente conhecida, com bebidas vendidas sem nota fiscal e adulteradas.
O dono da distribuidora Cabeção e mais três homens estão na mira das autoridades. Após análises confirmarem a adulteração, a polícia não perdeu tempo: mandados de busca e apreensão foram cumpridos e os envolvidos já foram obrigados a usar tornozeleiras eletrônicas. O escândalo começou em fevereiro, quando quase 6 mil garrafas foram confiscadas. Elas eram trazidas diretamente de Ourinhos, em São Paulo.
O caso vai além: o delegado de Caeté, Cláudio Freitas, revelou que o local já era alvo de diversas reclamações. Consumidores relataram mal-estar grave após consumir a cerveja vendida na distribuidora. “As pessoas estavam sofrendo com dores de cabeça, diarreia e outros sintomas preocupantes”, afirmou o delegado.
A distribuidora tentou escapar, mas a justiça apertou o cerco. Além da bebida adulterada, até o caminhão que fazia o transporte estava cheio de irregularidades, com dívidas e pendências de IPVA e licenciamento.
As investigações continuam e a rede de falsificação pode ser ainda maior. O que parecia apenas um comércio local se revelou um perigoso esquema que ameaça a saúde de quem consome produtos adulterados. E o pior: a distribuidora se manteve em silêncio, sem qualquer explicação para os graves crimes. O escândalo está longe de acabar, e mais revelações podem estar a caminho.