O Governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se manifestou nesta quinta-feira (29) em suas redes sociais contra o parecer do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) favorável à transferência de Welbert de Souza Fagundes, réu pela morte do sargento Roger Dias da Cunha, do sistema penitenciário para um hospital psiquiátrico.
“Lugar de assassino é na cadeia! É um absurdo que o promotor do caso aceite a defesa de insanidade do criminoso que matou o sargento Dias, nosso herói. Ele deu a vida pela nossa segurança e agora o promotor permite esse tipo de manobra jurídica?! Uma VERGONHA”, escreveu Zema no X, antigo Twitter.
A defesa de Welbert, representada pelo advogado Bruno Torres, solicitou a transferência com base em um relatório que indicava a presença de sintomas psicóticos graves. O documento foi elaborado pelo mesmo psiquiatra que analisou Adélio Bispo, autor do atentado contra o ex-presidente Jair Bolsonaro.
O relatório psiquiátrico aponta que Welbert de Souza sofre de transtornos mentais e comportamentais graves, relacionados ao uso de múltiplas drogas e outras substâncias psicoativas, além de esquizofrenia paranoide. A avaliação, realizada em 16 de julho, indicou que, apesar do tratamento na unidade prisional, o réu continua apresentando sintomas psicóticos ativos, evidenciando a gravidade de seu quadro clínico.
Welbert agora aguarda a decisão final da Justiça para saber se continuará no sistema penitenciário ou será transferido para um hospital psiquiátrico.
Relembre o crime contra Sargento Dias em BH
O sargento Roger Dias da Cunha, de 29 anos, morreu após ser baleado na cabeça por Welbert durante perseguição policial no dia 5 de janeiro, em BH. O crime aconteceu no bairro Novo Aarão Reis.
Sargento Dias estava internado no Hospital João XXIII, após ser atingido na cabeça e na perna. Os tiros atingiram uma artéria, o que levou o policial a passar por duas cirurgias. Mesmo com os procedimentos, a vítima não resistiu.
Welbert estava foragido após ‘saidinha’ de Natal e não retornou ao presídio. Por conta da repercussão do caso, o Congresso aprovou a lei que proíbe a saída temporária. O projeto foi vetado pelo presidente Lula, mas os parlamentares revogaram.
Em maio deste ano, o acusado fez uma “live” dentro da Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, enquanto fumava cigarro dentro da cela. Por conta disso, a Justiça transferiu o réu para o presídio de segurança máxima em Francisco Sá, no Norte de Minas.
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