A delegada Monah Zein, de 38 anos, que ficou trancada mais de 30h em seu apartamento, teve a liberdade provisória determinada pela Justiça nesta sexta-feira (24). A decisão foi tomada pela juíza Juliana Pagano, da Central de Flagrantes de Belo Horizonte. A audiência de custódia foi realizada no Fórum Lafayette e durou cerca de 20 minutos.
Em coletiva, o advogado de Monah, Bruno Correia, disse que tanto a promotora de justiça quanto a juíza acolheram a argumentação da defesa. Uma estratégia utilizada pela defesa foi alegar que os disparos da delegada foram dados para se defender. “É notório que ela foi pressionada, que ela agiu em legítima defesa. Isso foi explicado na audiência. E a juíza acolheu todos os pedidos”, argumenta.
Conforme Bruno, Monah Zein continua como delegada da Polícia Civil de Minas Gerais e segue com o porte de armas normalizado, apesar de ter entregue o equipamento durante as negociações com os policiais. Ele diz que vai haver um processo por suposta tentativa homicídio contra a delegada. Bruno Correia também avalia que é temerário antecipar a tese de defesa que será adotada no processo.
A delegada teve prisão preventiva decretada na tarde da última quinta-feira (23), por tentativa de homicídio. Desde então, ela estava escoltada por policiais em um hospital da capital mineira. Ela foi transferida para outra unidade de saúde na noite de quinta.