Uma operação conjunta entre Ministério Público, Receita Estadual e as polícias Civil e Militar, cumpriu nesta quarta-feira (9), na Grande BH, mandados de busca e apreensão contra um grupo suspeito de envolvimento em sonegação fiscal, associação criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. As investigações indicam que os suspeitos teriam sonegado mais de R$ 90 milhões em impostos.
As ações de busca e apreensão foram realizadas em oito endereços de Belo Horizonte, Nova Lima e Contagem. Os alvos são sete estabelecimentos comerciais e duas pessoas físicas, além de buscas pessoais em oito indivíduos.
De acordo com as investigações, o grupo empresarial, que atua na produção e comercialização de embalagens de alumínio, acumula mais de R$ 90 milhões em dívidas de ICMS, distribuídas em 72 processos tributários em aberto.
Criminosos tinham empresas de fachada e ‘laranjas’ na Grande BH
O MPMG revelou que a associação criminosa utilizava métodos sofisticados para evitar a fiscalização, como a emissão de documentos fiscais falsos, criação de empresas de fachada, substituição frequente de “laranjas” na administração e gestão das empresas envolvidas, além da manutenção de empresas próprias para proteger o patrimônio dos beneficiários das fraudes.
As investigações do MPMG destacam que o esquema não apenas prejudicava os cofres públicos, mas também comprometia a competitividade em Minas Gerais, afetando empresários que operam dentro da legalidade e incentivando práticas desleais no mercado.
A operação contou com a participação de quatro promotores de Justiça, seis servidores do MPMG, um delegado, 10 investigadores da Polícia Civil, 24 policiais militares e 40 servidores da Receita Estadual de Minas Gerais.
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