Desconfigurado, o Atlético demorou a engrenar, mas conseguiu competir e sair com um empate em 1 a 1 com o Fortaleza, na quarta-feira, fora de casa, pela 30ª rodada do Campeonato Brasileiro. Ponto importante e que por pouco não se transformou em um triunfo.
A comissão técnica precisou lidar com 11 desfalques — entre lesionados e convocados — e mais atletas que foram preservados. Dos titulares, apenas o goleiro Everson e o lateral Saravia (briga por posição com Lyanco) iniciaram a partida.
Sem lateral-esquerdo, Mariano foi improvisado na posição. Alisson e Palacios tinham funções defensivas importantes pelos lados, enquanto Igor Gomes atuou próximo de Kardec.
A falta de entrosamento ficou nítida desde os primeiros minutos. Erros individuais e pouca aproximação no ataque. Mesmo assim, a primeira chance foi do Galo, com Saravia acertando o travessão.
Sem a bola, o Galo conseguia proteger os lados e a área, fazendo o Fortaleza ter que girar a bola de um lado para o outro. A ideia era justamente saber se defender para, ao recuperar a posse, acelerar o jogo e sair no contra-ataque.
Aos 14 minutos, o cenário mudou. Paulo Vitor ficou com a bola na área, e Marinho antecipou para recuperar. Ele cortou para o meio e acertou um bonito chute para abrir o placar.
O gol reforçou os problemas do Galo. Os erros aumentaram, e o ataque não fluiu. Poucas combinações foram geradas, sem trazer sustos ao Leão.
Isso só foi mudar na reta final do primeiro tempo. Em belo lançamento de Fuchs, Igor Gomes ficou na cara do gol. Ele apareceu livre, tentou dar um toque no canto, mas mandou para fora.
O intervalo foi importante para o técnico Gabriel Milito realizar ajustes de posicionamento, mesmo sem trocar nenhum jogador. Deu certo. O Atlético voltou melhor e mais próximo no ataque, conseguindo trocar mais passes e agredir o adversário.
Tanto que o gol de empate veio aos dois minutos. Em bonito cruzamento de Palacios, Fausto Vera subiu como um camisa nove e, com categoria, cabeceou para igualar. 1 a 1.
O Fortaleza sentiu o gol, e o Alvinegro seguiu leve. Em cobrança de falta, Alisson arriscou chute direto e incomodou o goleiro João Ricardo.
A partida ficou no comando do Atlético após dois lances: primeiro a expulsão de Marinho, que agrediu Palacios. Depois, Tinga levou o vermelho direto e deixou o jogo 9 contra 11.
A pressão cresceu. Os comandados de Milito estacionaram no ataque e tiveram grande volume ofensivo. A superioridade numérica fez a equipe criar oportunidades e colocar o goleiro João Ricardo para trabalhar.
Em uma das chances, Robert poderia ter tomado uma melhor decisão e optado pelo passe para Caio Maia, que estava livre na entrada da área. Tentou o chute, e o goleiro do Leão fez a defesa.
Com um pouco mais de capricho, o Galo poderia ter saído com um triunfo do Castelão. Mas isso não tira a importância do empate conquistado.
Um time cheio de reservas, só com dois titulares, e encarando o melhor mandante da Série A do Brasileiro. Uma atuação que tem sua importância e traz confiança para os jogos decisivos pelas Copas.