Um dos quatro pacientes infectados pelo Candida auris, conhecido como superfungo, morreu nesta quarta-feira (16), em BH. Ele estava internado no Hospital João XXIII, na região Centro-Sul da capital, assim como as outras três pessoas afetadas pela doença.
Apesar da infecção, a Secretaria de Estado de Saúde (SES-MG) e a Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) informaram que ele estava em estado grave devido a um acidente de moto, e que a morte não está relacionada ao fungo Candida auris.
Dois dos infectados já receberam alta, um no dia 20 de setembro e o outro em 2 de outubro. O terceiro paciente permanece internado.
Os casos foram confirmados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), da Fundação Ezequiel Dias (Funed), e acompanhados pela Secretaria Municipal de Saúde de Belo Horizonte.
O que é o superfungo candida auris que infectou pacientes em BH?
Candida auris (C. auris) é um fungo emergente que representa uma séria ameaça à saúde global, tendo sido identificado pela primeira vez como causador de doenças em humanos em 2009, no Japão. No Brasil, o primeiro caso de infecção foi registrado em Salvador, em 2020.
O fungo é resistente aos medicamentos comumente utilizados para tratar infecções por Candida. Estudos indicam que até 90% dos isolados de Candida auris são resistentes ao fluconazol, anfotericina B ou equinocandinas, o que dificulta o tratamento.
Se o fungo atingir a corrente sanguínea, pode se espalhar para outros órgãos e causar candidíase invasiva, uma infecção generalizada. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a taxa de mortalidade da candidíase invasiva varia de 29% a 53%. A infecção pelo fungo pode ser fatal, especialmente em pacientes imunodeprimidos ou com comorbidades.
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