A Polícia Civil finalizou a investigação do homicídio de um cabo da Polícia Militar (PMMG), ocorrido em 28 de setembro, em BH, em um caso que gerou grande repercussão.
A investigação revelou que, no dia 27 de setembro, dois policiais militares planejaram uma festa pela noite porque um deles estava solteiro. A dupla de amigos, que se conhecia há sete anos, se dirigiu à região do bairro Castelo, onde consumiram bebidas alcoólicas em diferentes locais. Após passar por duas boates, eles por fim pararam em frente a outro estabelecimento, estacionando o veículo na rua.
Os suspeitos, que haviam saído de Ribeirão das Neves, também foram para a mesma área. Um dos investigados, ao perceber um problema no para-choque do carro, parou o veículo atrás do automóvel dos militares. Durante essa movimentação, a dupla policial estranhou a conduta, uma vez que estavam bloqueando uma garagem.
O delegado responsável pelas investigações, Lucas Daniel Alves Nunes, explicou que um dos policiais se aproximou do homem que consertava o para-choque, enquanto o outro foi em direção ao segundo suspeito, que estava no banco do passageiro.
“Quando um dos policiais anunciou que estava armado, o passageiro do veículo dos suspeitos, que já estava alcoolizado e tinha antecedentes por tráfico de drogas, disparou em direção a eles, atingindo ambos. O outro policial não conseguiu revidar devido à gravidade dos ferimentos. O atirador ainda disparou contra um deles no chão e fugiu; depois abandonaram o veículo”, disse Nunes.
Fuga de assassinos de BH para o interior
No dia do crime, a PCMG abriu imediatamente um inquérito policial para investigar o caso, que contou com o depoimento do colega da vítima como testemunha.
As investigações identificaram dois suspeitos que, após o ato, fugiram da cena. “Eles abandonaram o veículo utilizado no homicídio e tentaram se deslocar para a região de Três Marias. No entanto, no dia seguinte, um dos veículos conduzido por eles apresentou problemas mecânicos em Corinto. Parentes que estavam em Belo Horizonte foram até a região para auxiliá-los na fuga”, revelou o delegado.
A Polícia Militar percebeu a movimentação suspeita e abordou um dos veículos, que transportava duas meninas a caminho de ajudar os suspeitos. Um homem foi preso na ação, mas o procurado pelos disparos conseguiu escapar para uma área de mata em Corinto, onde ficou por dez dias. “Durante esse período, o suspeito sobreviveu à base de frutas, recebendo apoio de pessoas que, sem saber de sua situação de foragido, o ajudaram”, observou Lucas Daniel.
Por fim, no dia 8 de outubro, a população acionou a PMMG, que se dirigiu ao local apontado, e o foragido, identificado como ‘Tolebis’, se entregou sem resistência. Ele foi preso em flagrante – uma vez que houve perseguição policial contínua pelos dez dias –, e cumprido o mandado de prisão preventiva obtido pela PCMG contra ele.
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