Nesta terça-feira (29), a Copasa anunciou duas obras no sistema do Rio das Velhas, estimadas em R$ 4 bilhões, para enfrentar o problema de desabastecimento de água que afeta a região metropolitana de Belo Horizonte. As intervenções foram detalhadas pelo presidente da Copasa, Guilherme Faria, durante um seminário de infraestrutura realizado pela FIEMG, onde ele também apontou o aumento do consumo de água na Grande BH nos últimos quatro anos.
A primeira obra consiste na modernização do sistema de abastecimento do Rio das Velhas e tem previsão de conclusão para 2030. A segunda envolve a construção de uma nova barragem, a Barragem de Ponte de Arame, prevista para operar em 2035, com o objetivo de ampliar a capacidade do sistema de abastecimento.
Em setembro, a Copasa solicitou ao Grupo de Controle de Vazão do Alto Rio das Velhas (Convazão) e à mineradora AngloGold Ashanti a liberação de volumes acumulados nos reservatórios de Lagoa do Miguelão, Lagoa das Codornas e Lagoa dos Ingleses, em Nova Lima, para manter o fluxo no Rio das Velhas e evitar racionamento de água durante o período de estiagem. Atualmente, o Rio das Velhas responde por cerca de 46% do fornecimento de água para a região metropolitana de Belo Horizonte.
O presidente da Copasa informou que o consumo diário de água na região aumentou de 15 m³/s para aproximadamente 17 m³/s, chegando a 19 m³/s em picos. O sistema Rio das Velhas integra o abastecimento da Grande BH junto ao Sistema Paraopeba, mas, diferentemente dos outros sistemas, onde há reservatórios acumuladores, a captação do Rio das Velhas é superficial.