A Justiça de BH aceitou a denúncia contra três mulheres e um homem de uma mesma família, acusados de assassinar e ocultar o corpo de Magna Laurinda Ferreira Pimentel, de 42 anos, em agosto deste ano. A vítima foi concretada em uma parede da casa do pai dela, no bairro Venda Nova, após cobrar os acusados por um empréstimo de R$ 40 mil feito no nome do idoso e por perdas de R$ 9 mil em apostas no chamado “jogo do tigrinho”.
Os réus são a madrasta da vítima, uma mulher de 54 anos, apontada como mandante, e três filhos, um homem de 35 e duas mulheres, de 19 e 25 anos, apontados como executores. Um quinto suspeito, de 26 anos, obteve um habeas corpus.
A decisão de tornar os quatro réus foi proferida na última quinta-feira (21) pelo juiz Roberto Oliveira Araújo Silva, do 2º Tribunal do Júri de Belo Horizonte. Na sentença, o magistrado destacou que há fundamentos suficientes para dar continuidade à ação penal.
Os acusados responderão por homicídio qualificado e têm um prazo de 10 dias para apresentar defesa escrita. Caso não o façam ou não possuam recursos para contratar advogados, serão assistidos por defensores públicos. A definição sobre a realização de um júri popular ainda será deliberada pela Justiça.
Mulher morreu a mando de madrasta em BH
O corpo de Magna Laurinda Ferreira Pimentel, 42 anos, que foi dada como desaparecida, foi encontrado no dia 27 de agosto em uma cisterna que fica na casa do pai, no bairro Candelária, na região de Venda Nova, em BH.
Cinco pessoas foram presas. A mandante do crime é a madrasta da vítima, de 54 anos, identificada como Marluce de Jesus, companheira de Wagner Olegário Pimentel, de 74 anos, pai de Magna.
A autora do crime, juntamente com uma das filhas identificada como Paola, de 25 anos, se aproveitou da vulnerabilidade do idoso que possui demência, está acamado e é mentalmente incapaz para pedir empréstimo de R$ 40 mil. Esse dinheiro foi gasto em seis meses, e a maior parte foi utilizado em apostas do ‘Jogo do Tigrinho’. Elas ainda fizeram o idoso a assinar um termo de doação da casa para Marluce.
Depois disso, a madrasta e seus filhos arquitetaram um plano para matar Magna. Eles atraíram a vítima, alegando o idoso estava passando mal. Magna discutiu com um dos meio-irmãos e acabou sendo morta com facadas no pescoço. O corpo foi jogado na cisterna, que foi concretada em seguida.
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Crime aconteceu no bairro Candelária, em BH.