A Polícia Militar prendeu na madrugada desta sexta-feira (14), em BH, uma mulher de 55 anos que mantinha garotas de programa em cárcere privado dentro em uma mansão no bairro Cidade Jardim. As vítimas, naturais do estado do Amazonas, dormiam dentro de um porão no subsolo.
Uma denúncia anônima indicou que a casa de luxo, localizada na rua Olímpio de Assis, era o local onde a cafetina explorava as mulheres, que viviam em situações análogas à escravidão. Os policiais chegaram no local e foram recebidos por uma pessoa que alegou buscar a chave para abrir o portão, mas não voltou.
Os militares bloquearam a garagem para evitar que alguém fugisse e arrombaram o cadeado. Dentro da mansão, foram encontrados um homem e sete mulheres, sendo quatro vítimas da autora do crime. Elas disseram à PM que saíram há quatro meses de Manaus para a capital mineira na promessa de que teriam uma vida confortável.
Autora de crime em BH tentou fugir pela janela da mansão
Todas eram mantidas em cárcere privado e não poderiam dormir nos quartos onde eram realizados os programas sexuais. Além disso, as vítimas recebiam apenas 40% do valor do serviço, com a justificativa de que o restante era para cobrir os custos de estadia.
Em um primeiro momento, a cafetina não estava no local indicado pelas garotas, mas quando a PM retornou ao local, avistou a autora do crime tentando fugir pela janela. Foram apreendidos R$ 900 em dinheiro, um pendrive com fotos e vídeos, além de anotações sobre os programas.
A acusada foi encaminhada para a delegacia, mas se manteve em silêncio durante o interrogatório. Ela irá responder por cárcere privado, favorecimento a prostituição, trabalho análogo a escravidão e rufianismo, que é o lucro pela exploração sexual de outra pessoa.
O caso será investigado pelo Departamento Estadual de Investigação, Orientação e Proteção à Família (Defam) da Polícia Civil.
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