Câmeras de segurança registraram o momento em que o pastor João das Graças Pachola, de 54 anos, perseguiu Stefany Vitória Teixeira Ferreira, de 13, com seu carro modelo HB20 cinza, horas antes do desaparecimento da adolescente em Ribeirão das Neves, na Grande BH.
O homem confessou o assassinato e o caso foi concluído pela Polícia Civil nesta terça-feira (25), com o autor do crime sendo indiciado por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
As imagens mostram o veículo com a traseira danificada aproximando-se da garota, ultrapassando-a, circulando o quarteirão e retornando para abordá-la.
Stefany desapareceu no dia 9 de fevereiro, ao sair de casa para visitar uma amiga. De acordo com a Polícia Civil, o pastor encontrou a menina no caminho, ofereceu carona e a levou até um “monte de oração”, onde seu corpo foi encontrado dois dias depois, com marcas de violência. As imagens das câmeras foram decisivas para vincular João ao crime.
O HB20 cinza, identificado pelo detalhe da traseira danificada, foi rastreado e vinculado ao suspeito, que foi preso na casa da mãe em Contagem, também na Grande BH.
Relembre o crime na Grande BH
Segundo a delegada Ingrid Estevam, Stefany estava indo para a casa de uma amiga por volta das 15h de domingo (9), e depois à igreja. Porém, ela foi abordada por João, que ofereceu uma carona. Por ser um amigo da família, a menina teria aceitado o convite. Durante o trajeto, os dois teriam se desentendido dentro do veículo.
“O suspeito afirma que a motivação do crime foi um tapa que Stefany teria dado em seu rosto. Ele contou que ficou nervoso, enforcou a menina e depois levou o corpo para desová-lo”, relatou a delegada. A menina ainda se jogou do veículo na tentativa de se salvar, mas foi capturada pelo criminoso.
A esposa do pastor revelou que ele havia fechado a igreja onde atuava há cerca de um ano. Segundo ela, o marido enfrentava problemas no relacionamento e era usuário de drogas, especialmente cocaína.
Ela também afirmou que já estava de malas prontas para deixar a casa, pois o casamento havia terminado devido às traições do marido e ao uso de entorpecentes. O casal, segundo ela, já dormia em camas separadas.
O pastor tem passagens pela Polícia, inclusive por importunação sexual. Após a prisão, a casa e o carro dele foi incendiada por moradores revoltados com o crime bárbaro.
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