O Ministério Público Eleitoral do Paraná pediu a cassação do senador Sérgio Moro (União Brasil-PR), sob a alegação de abuso do poder econômico durante a campanha eleitoral de 2022.
De acordo com a acusação, Moro teria gasto R$ 7 milhões, quando o teto permitido pela lei seria de R$ 4,4 milhões. A defesa do ex-ministro da Justiça vê “conotação política” no processo, que pode ser julgado no início de 2024 pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Paraná.
O ex-juiz se filiou ao Podemos, em novembro de 2021, com o intuito de ser candidato a presidente da República. Em março de 2022, ele mudou de partido e passou a integrar o União Brasil. Logo depois, Moro anunciou que concorreria ao Senado, e não mais ao Palácio do Planalto.
A cassação do senador seria mais um golpe duro na vida política de uma das principais figuras da Operação Lava Jato. O parlamentar se elegeu ao Senado com 52,4% dos votos.
Quem entraria no lugar de Sérgio Moro?
De acordo com a legislação eleitoral, Moro não seria substituído por nenhum dos suplentes. A vaga ficaria aberta e seria preenchida em uma eleição suplementar com novos candidatos no estado do Paraná, em uma data a ser definida com o resultado final.
Inclusive, ele pode ser superado por adversários políticos: a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, é o principal nome apontado pelo partido. Outro parlamentar indicado como pré-candidato é o deputado federal Zeca Dirceu, líder da bancada petista na Câmara e filho de Zé Dirceu, que foi alvo da Operação Lava Jato.