O velório do papa Francisco foi aberto ao público nesta quarta-feira, às 6h (horário de Brasília), na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Uma multidão de aproximadamente 20 mil pessoas aguardava para prestar as últimas homenagens ao pontífice, que faleceu aos 88 anos na segunda-feira (21), após sofrer um acidente vascular cerebral e insuficiência cardíaca. Durante este ano, ele enfrentou uma infecção respiratória que agravou seu estado de saúde.
O corpo do papa chegou à basílica após ter sido velado na Casa Santa Marta, onde recebeu orações e homenagens de autoridades civis e religiosas. Entre os presentes estavam o presidente da Itália, Sergio Mattarella, o prefeito de Roma, Roberto Gualtieri, além de freiras, bispos e funcionários do Vaticano. O caixão permanecerá aberto à visitação até sexta-feira (25), quando será fechado às 15h, em cerimônia presidida pelo cardeal Kevin Joseph Farrell. No sábado (26), o cardeal Giovanni Battista celebrará a missa de corpo presente.
O Vaticano informou que, após o sepultamento, terá início um período de nove dias de luto, com orações dedicadas à memória do pontífice. Francisco havia determinado, ainda em vida, mudanças nos rituais fúnebres tradicionais, incluindo a dispensa do uso do catafalco, estrutura utilizada em funerais de papas anteriores.
Cardeais de diversas partes do mundo começaram a chegar a Roma para os preparativos do conclave que definirá o novo papa. Entre os representantes brasileiros, o cardeal João Braz de Aviz já está no Vaticano. O arcebispo de Porto Alegre, dom Jaime Spengler, deve chegar ainda nesta quarta-feira, enquanto dom Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo, viaja nos próximos dias. Os demais cardeais brasileiros ainda não têm data confirmada para embarque.
A votação para escolha do novo papa deve ocorrer entre os dias 6 e 11 de maio. Segundo as normas do Vaticano, o conclave precisa ser realizado entre 15 e 20 dias após a morte do pontífice. No entanto, caso todos os cardeais estejam presentes e haja consenso, o processo poderá ser antecipado.
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