Na última quinta-feira (10/7), o deputado federal Rogério Correia, do PT de Minas Gerais, protocolou um pedido de prisão preventiva no Supremo Tribunal Federal (STF) em relação ao ex-presidente Jair Bolsonaro, do PL. O parlamentar defende que essa ação é crucial para prevenir uma possível fuga do ex-mandatário.
Esse pedido foi adicionado a um inquérito em andamento no STF, sob a responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes. No requerimento, Correia apresenta evidências que sugerem um risco de que Bolsonaro tente deixar o país caso seja condenado por sua alegada tentativa de golpe em 2022.
Entre os pontos ressaltados, o documento menciona que o ex-presidente “fez apelos públicos à fuga de indivíduos condenados pelos crimes ocorridos em 8 de janeiro de 2023, além de ter proposto a permanência clandestina em outras nações, especialmente na Argentina, como uma tática para evitar a aplicação das leis e das decisões do STF”.
O deputado também menciona o nome de Eduardo Bolsonaro, deputado licenciado do PL de São Paulo, na petição, alegando que ele viajou para os Estados Unidos com a intenção de persuadir Donald Trump a interceder por uma anistia e a implementar sanções contra o ministro do STF. “O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro anunciou sua decisão de se afastar do mandato para se dedicar integralmente a convencer o governo de Donald Trump a apoiar a anistia aos envolvidos nos ataques de 8 de janeiro no Brasil e a buscar sanções contra Vossa Excelência, devido à condução do processo enquanto relator”, é o que consta no documento.
Adicionalmente, Rogério Correia ressalta que as declarações recentes de Donald Trump fomentam uma “narrativa internacional que poderia respaldar um eventual pedido de asilo político” para Bolsonaro. O deputado conclui seu pedido, enfatizando que a prisão preventiva é uma medida fundamental para garantir que Jair Bolsonaro permaneça em território nacional e que a ordem pública e a aplicação da legislação penal sejam preservadas.