O governo de Minas Gerais suspendeu temporariamente as consultas às comunidades escolares sobre a possível adesão ao modelo cívico-militar. O anúncio foi feito nesta segunda-feira (14) pelo governador Romeu Zema (Novo), que informou que o processo será retomado após o fim das férias escolares, em agosto.
A suspensão ocorre no momento em que a Secretaria de Estado de Educação realiza assembleias em 723 escolas da rede estadual para avaliar o interesse na implementação do programa. O modelo prevê a atuação de militares da reserva em funções de apoio à gestão e disciplina nas unidades de ensino.
De acordo com o secretário estadual de Educação, Igor Alvarenga, a pausa se deve ao recesso escolar de julho. Ele afirmou que o processo de escuta é conduzido de forma democrática e que a retomada das assembleias ocorrerá no retorno das atividades escolares.
O projeto tem gerado controvérsia e foi alvo de ações judiciais movidas por entidades sindicais contrárias à proposta. O governador defendeu o programa e disse acreditar na coexistência entre diferentes modelos, com a maior parte da rede permanecendo sob o modelo tradicional de ensino.
Segundo a Secretaria de Educação, nove escolas já funcionam sob o formato cívico-militar em Minas Gerais. Entre as instituições convocadas para consulta, 15% já realizaram assembleias. A pasta, no entanto, não divulgou números parciais sobre o nível de adesão para não influenciar o posicionamento das escolas que ainda não participaram do processo.