Lavínia Freitas de Oliveira e Souza, de 10 anos, morreu na madrugada desta quarta-feira (16) no hospital de Juiz de Fora, na Zona da Mata de Minas. A criança estava internada no local desde 18 de junho, depois de levar um tiro na cabeça disparado por um policial penal durante uma perseguição na estrada.
O caso ocorreu em 15 de junho em Porto Firme, na Zona da Mata. Lavínia estava no carro do pai, Marcelo, quando voltavam de Diogo de Vasconcelos (cidade natal da família) para Viçosa. Segundo o pai, o policial penal Márcio da Silveira Coelho começou a persegui-los na rodovia e efetuou disparos contra o veículo.
“Ela chegou ao posto com dificuldade para respirar”, relatou Marcelo sobre a corrida por socorro em Viçosa. Lavínia foi entubada, recebeu atendimento emergencial e foi transferida para hospitais em Ponte Nova e depois Juiz de Fora, onde lutou pela vida por um mês. Durante o tratamento, familiares pediam por doações de sangue. O sepultamento de Lavínia será em Diogo de Vasconcelos, com data a ser definida pela família.
A defesa do agente alegou que os tiros foram para “afastar o veículo e proteger a família de um possível ataque”, afirmando que não houve intenção de ferir a criança. O policial permanece preso na Casa de Custódia de Matozinhos.
Policial penal é indiciado em Minas
A Delegacia de Polícia Civil da cidade de Piranga concluiu o inquérito policial que apurou um crime de duplo homicídio qualificado tentado, ocorrido no dia 15 de junho de 2025, na zona rural de Porto Firme. As vítimas foram um homem e sua filha, de apenas 10 anos, que foi atingida por um disparo de arma de fogo na cabeça.
A Polícia Civil indiciou o suspeito por duplo homicídio qualificado tentado, com base no motivo fútil e no uso de arma de fogo.
A intenção de matar ficou evidenciada pela quantidade de disparos efetuados contra um carro em movimento, com ocupantes. A investigação também descartou qualquer hipótese de legítima defesa, uma vez que não houve ameaça por parte das vítimas.
O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público e ao Poder Judiciário para as providências legais, incluindo a análise do pedido de prisão preventiva do investigado.
A PCMG ressalta que, quando concluído o inquérito, o suspeito foi indiciado por tentativa de homicídio. Assim que a PCMG teve conhecimento do óbito da criança, a justiça foi informada acerca do ocorrido, devendo o autor responder processo por homicídio consumado qualificado.
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