A taxa de desemprego no Brasil caiu para 5,8% no segundo trimestre de 2025, alcançando o menor nível desde o início da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, em 2012. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (31) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que atualizou seus cálculos com base nas informações do Censo Demográfico de 2022.
O índice de desocupação representa uma queda de 1,2 ponto percentual em relação ao primeiro trimestre do ano, quando era de 7%, e de 1,1 ponto em comparação ao mesmo período de 2024. Atualmente, cerca de 6,3 milhões de pessoas seguem em busca de trabalho no país, 1,3 milhão a menos do que no trimestre anterior.
A população ocupada atingiu um novo recorde, com 102,3 milhões de pessoas trabalhando. Isso representa um crescimento de 1,8% em relação ao trimestre anterior e de 2,4% na comparação com o ano passado. O nível de ocupação, que expressa o percentual de pessoas em idade ativa que estão trabalhando, subiu para 58,8%.
O número de trabalhadores com carteira assinada no setor privado chegou a 39 milhões, o maior já registrado pela pesquisa. O total de empregados com e sem carteira subiu para 52,6 milhões, uma alta de 3% em um ano. A informalidade se manteve estável, com 37,8% dos ocupados atuando sem vínculo formal — o equivalente a 38,7 milhões de pessoas.
No setor público, o número de ocupados chegou a 12,8 milhões, também o maior da série histórica. Já os trabalhadores por conta própria somaram 25,8 milhões, com crescimento nos dois comparativos: trimestral e anual.
A taxa de subutilização — que considera pessoas que gostariam de trabalhar mais horas ou não conseguem trabalho — também registrou queda e chegou a 14,4%, o menor índice da série. O número absoluto de subutilizados caiu para 16,5 milhões.
O grupo de pessoas fora da força de trabalho, composto por quem não trabalha nem procura emprego, totaliza 65,5 milhões, número que se manteve estável. A população desalentada, formada por pessoas que desistiram de procurar trabalho, caiu para 2,8 milhões, uma redução de 13,7% no trimestre.
O rendimento médio real da população ocupada atingiu R$ 3.477, o maior já registrado na série histórica, com alta de 1,1% em relação ao trimestre anterior e de 3,3% na comparação anual. A massa de rendimentos alcançou R$ 351,2 bilhões, também recorde da pesquisa, com crescimentos de 2,9% no trimestre e 5,9% no ano.
A partir desta divulgação, os dados da PNAD Contínua passaram a incorporar as novas estimativas populacionais geradas a partir do Censo Demográfico de 2022, conforme nota técnica publicada pelo IBGE.