A Polícia Civil concluiu que a arma usada pelo empresário Renê da Silva Júnior, de 47 anos, para matar o gari Laudemir de Souza, 44, é de propriedade da esposa do acusado, a delegada Ana Paula Lamego Balbino Nogueira.
Em nota, a instituição afirma que o revólver calibre .38 é de uso particular e não é a de uso funcional, que é fornecida pela Polícia. O material foi apreendido na casa de Renê logo após a prisão.
“A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que, de acordo com os exames periciais realizados, a arma de fogo utilizada no homicídio, ocorrido na última segunda-feira (11), no bairro Vista Alegre, em Belo Horizonte, que vitimou um homem, de 44 anos, está registrada em nome da servidora da instituição. Trata-se de uma arma de fogo particular.”
Desde o dia do crime, Renê nega que matou o gari. Já a delegada é investigada pela Subcorregedoria da Polícia Civil, enquanto segue no exercício da função. Ela pode responder por omissão de cautela e prevaricação, quando um agente público age deliberadamente para satisfazer interesses pessoais.
Justiça autorizou quebra de sigilo de empresário acusado de homicídio em BH
Na última quinta (14), a Justiça autorizou o acesso às comunicações digitais e dados do veículo. A decisão da 1ª Vara Criminal obriga a BYD a fornecer o trajeto percorrido pelo carro do empresário no dia do crime (11/8) e permite à Polícia Civil examinar todas as mensagens (WhatsApp, e-mail e outros apps) de seu celular.
O juiz fundamentou a medida ao declarar os registros “imprescindíveis para apuração dos delitos”, destacando a necessidade de análise dos dados telemáticos. As empresas terão cinco dias para entregar as informações solicitadas.
Na última quarta-feira (13), ele foi transferido do Ceresp Gameleira, em BH, para o presídio de Caeté, na região metropolitana. Ele divide cela com Matteos França Campos, de 32 anos, acusado de matar a mãe, a professora Soraya Tatiana Bonfim França, em julho, após uma discussão sobre dívida de jogo. A transferência ocorreu após ambos temerem retaliação de outros detentos por conta da repercussão dos crimes.
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