O Governo de Minas e a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) anunciaram, nesta quinta-feira (28), que a vacina Calixcoca, contra dependência de cocaína e crack, será testada em humanos.
Com o aporte de R$ 18,8 milhões feito pelo estado, será possível iniciar os testes clínicos em humanos, etapa essencial para transformar a pesquisa em alternativa terapêutica concreta. O imunizante é produzido desde 2015 e poderá ser testado durante um período de quatro anos, podendo ser prorrogado.
A Calixcoca, baseada na molécula sintética V4N2 (calixareno), induz o organismo a produzir anticorpos que se ligam à cocaína no sangue, o que impede que a droga alcance o cérebro e bloqueia seus efeitos. A vacina seria aplicada apenas a dependentes químicos durante a recuperação e não tem efeitos ‘preventivos’.
Vacina produzida pela UFMG já foi premiada
Os testes em animais apresentaram resultados promissores e o projeto já recebeu importantes reconhecimentos, como o Prêmio Euro Inovação na Saúde (2023).
“A Calixcoca é a primeira vacina vinculada ao consumo de crack e cocaína. Esse imunizante já demonstrou uma eficiência muito grande nos testes, até então feitos em camundongos, diminuindo a dependência e os efeitos da droga. E esse investimento de quase R$ 20 milhões fará com que essa vacina passe nessa nova fase de testes, para que em alguns anos ela possa ser utilizada na rede pública“, pontuou o secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti.
A anúncio ocorreu durante solenidade em comemoração aos 40 anos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig), cotitular da patente junto à UFMG, contou com a presença do governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e pela reitora da UFMG, Sandra Goulart.
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