Um estudante do sétimo período de Medicina da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCM-MG), em BH, foi suspenso por 15 dias e impedido de acessar as dependências da instituição após a divulgação de mensagens de ódio em suas redes sociais e de uma foto em que aparece portando uma arma. O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
Nas redes sociais, o aluno se autodenominava com expressões de teor violento e misógino, além de fazer referências a termos como “guerreiro anti-cósmico” e “luciférico”. Na última quarta-feira (3), um de seus perfis no X que foi suspenso veiculou ameaças diretas contra mulheres e sugestões de um possível massacre na faculdade.
Colegas relataram que o jovem mantinha comportamento isolado e frequentava a faculdade sozinho. Apesar das menções a um suposto massacre, há divergências entre os estudantes sobre a intenção real do aluno. Alguns acreditam que se tratava de brincadeiras de mau gosto, enquanto outros levaram as ameaças a sério.
O que diz a faculdade sobre aluno investigado em BH?
Em resposta às publicações, a instituição emitiu uma nota informando que agiu “em caráter preventivo e investigativo”, suspendendo o aluno imediatamente, abrindo processo disciplinar interno e comunicando o caso ao Ministério Público e à Polícia Civil.
“A FCM-MG agiu prontamente e de forma rigorosa, instaurando um procedimento administrativo disciplinar interno para apuração dos fatos. Como medida cautelar, procedeu com a suspensão imediata do aluno e bloqueou seu acesso às dependências da Instituição. A FCM-MG acionou o Núcleo de Acessibilidade e Apoio Psicopedagógico (NAAP) a fim de amparar o aluno naquilo que for necessário, considerando que se trata de uma investigação preliminar para apuração dos fatos. Preservaremos a imagem do aluno, o qual tem direito à ampla defesa e ao contraditório, que serão sempre assegurados em todas as etapas do processo. A Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais reafirma seu compromisso com a ética, a legalidade e a promoção de um ambiente educacional seguro e respeitoso, colaborando integralmente com as autoridades competentes para o esclarecimento dos fatos.“, disse.
As investigações, a cargo da 1ª Delegacia de Polícia Civil, no Centro de BH, seguem em andamento com diligências e coleta de depoimentos. Até o momento, ninguém foi conduzido à delegacia.
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