Marcus Vinícius Lopes, de 30 anos, vai a júri popular pelo assassinato de sua ex-companheira, Katy Emanuela da Costa, de 37 anos, com golpes de facão no bairro São Marcos, em BH. O crime ocorreu no dia 12 de dezembro de 2024, na frente dos filhos do casal, e no meio da rua.
A diarista foi atacada após tentar proteger os filhos que se preparavam para ir à escola. Testemunhas relataram que Marcus, que descumpria medida protetiva, havia passado a noite consumindo drogas e álcool antes do crime. Seu filho de 13 anos, que tentou defender a mãe, também foi esfaqueado e sobreviveu.
Katy deixou oito filhos, sendo sete deles menores de idade e com o acusado. Populares que tentaram intervir não conseguiram impedir o ataque, registrado em vídeos que posteriormente ajudaram nas investigações.
O Ministério Público denunciou Marcus por feminicídio com cinco agravantes: a vítima ser mãe de menores; crime na presença de descendente; descumprimento de medida protetiva; uso de meio cruel; e recurso que dificultou a defesa. Ele também responde por tentativa de homicídio do filho.
A defesa tentou alegar insanidade mental, mas o pedido foi negado pela Justiça. Marcus permanece preso desde o dia do crime.
Homem que esfaqueou companheira em BH expunha crianças a rituais
Marcus possui 47 registros policiais e é investigado por estupro de duas filhas, de 7 e 9 anos, além de crimes ambientais envolvendo tortura de animais. As crianças viviam em ambiente insalubre, com relatos de que o acusado cortava o pescoço de animais e bebia seu sangue na frente dos filhos.
Ele já havia sido preso em 2023 por ameaçar a vítima, que trabalhava como diarista.
Ao ser indiciado, a Polícia Civil revelou um padrão de controle brutal: o suspeito queimava documentos e roupas da companheira, impedia os filhos de estudar, vigiava todos os movimentos dela e ameaçava familiares e vizinhos que tentassem ajudá-la.
Além da violência contra a companheira, a investigação apurou que o homem ameaçava estuprar as filhas, privava as crianças de alimento e as expunha a rituais, como sacrificar animais e beber seu sangue na frente delas. Duas filhas já haviam sido submetidas a exames médicos por suspeita de abuso sexual. Vizinhos disseram à polícia que o suspeito também praticava automutilação e violação de túmulos, além de manter uma amante enquanto impunha regras violentas em casa.
Os filhos da vítima, incluindo o adolescente ferido, estão sob proteção do Estado. O processo tramita na Justiça.
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