A Justiça de Minas Gerais decidiu liberar Rafael Gomes Mathias, que havia reconhecido ter assassinado o policial penal Anderson Pereira Nunes, de 42 anos, com facadas no bairro Tropical, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, no último sábado (13).
A decisão, proferida pelo juiz Elexander Camargos Diniz, da Vara do Tribunal do Júri e de Inquéritos Policiais da Comarca de Contagem, revelou que a investigação da Polícia Civil apontou que Rafael se encontrava em um local distinto no momento do crime, o que o isenta de responsabilidade.
“Considerando as evidências que demonstram que o crime não pode ser atribuído ao investigado, é claro que um dos requisitos para a prisão preventiva, que são indícios suficientes de autoria, não está presente,” enfatizou o juiz em sua decisão. Com isso, a prisão preventiva de Rafael foi revogada.
De acordo com o boletim de ocorrência, a Polícia Militar foi acionada no sábado (13) e encontrou o corpo da vítima em sua residência, que apresentava sinais de arrombamento. O carro do policial também foi localizado, com a dianteira colidida contra um muro.
Durante as buscas, os agentes encontraram o suspeito, que apresentava um comportamento alterado e falava de forma confusa. Conforme o relatório, ele admitiu ter conhecido a vítima no mesmo dia do crime, alegando ter sido convidado para a casa do policial, onde ambos consumiram drogas. Após uma discussão, Rafael alegou ter pegado uma faca que estava sobre a mesa em um ato de defesa.
Entretanto, testemunhas afirmaram que já haviam visto o policial penal na companhia do suspeito em outras ocasiões. Rafael Gomes Mathias teve sua prisão em flagrante convertida em preventiva na segunda-feira (15), e a PCMG segue investigando o caso.
Em nota, a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) lamentou a “perda irreparável” da Polícia Penal de Minas Gerais e informou que está oferecendo suporte aos familiares do servidor por meio da direção da unidade prisional.