O Governo Federal confirmou que o horário de verão não será aplicado em 2025. A medida, suspensa desde 2019 ainda está em “avaliação permanente”, mas estudos técnicos do Ministério de Minas e Energia e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) indicam que a mudança não gera mais benefícios significativos para o sistema elétrico ou para a população.
Implementado originalmente em 1931 para economizar energia, o horário de verão perdia eficácia devido a mudanças nos padrões de consumo e avanços tecnológicos. O pico de demanda, que antes ocorria no início da noite, passou para o período da tarde, impulsionado pelo uso de aparelhos de ar-condicionado. Além disso, a popularização das lâmpadas de LED reduziu o impacto da iluminação artificial no consumo de energia.
Segundo o ONS, o sistema elétrico nacional tem capacidade para atender à demanda pelo menos até fevereiro de 2026. Diante disso, o governo optou por outras estratégias para garantir a estabilidade do abastecimento, como o aumento da produção em hidrelétricas estratégicas e o gerenciamento de vazões em usinas do Paraná.
O ministro Alexandre Silveira reforçou que a medida só voltaria a ser considerada em situações excepcionais, como crises hídricas prolongadas. Até lá, o país seguirá sem alteração nos horários dos relógios, priorizando soluções estruturais para o setor energético.
Horário de verão pode ser proibido
A Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados aprovou na última segunda-feira (29), um projeto de lei que proíbe a adoção do horário de verão em todo o território nacional.
O relator do projeto, o deputado federal Otto Alencar Filho (PSD-BA), argumentou que a medida resulta em malefícios na saúde das pessoas por conta das alterações no sono.
“O número de pessoas hospitalizadas com fibrilação atrial, o tipo mais comum de arritmia cardíaca, sonolência durante o dia, insônia durante a noite, cansaço e agressividade, aumenta nos dias seguintes à mudança do horário”, disse o parlamentar.
A proposta ainda será analisada, em caráter conclusivo, pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania. Para virar lei, tem que ser aprovada pela Câmara e pelo Senado Federal.
Acompanhe as notícias de BH e Minas Gerais em tempo real no nosso grupo de WhatsApp, clicando aqui neste link.
