Por Oliveira Lima
A Copa Sul-Americana, que existe desde 2005, e com vários formatos diferentes, é na verdade uma “segunda divisão piorada” da Copa Libertadores. Na prática a competição existe para comtemplar a incompetência de times que não conseguiram, nos seus países, as inúmeras vagas ofertadas pela Libertadores. Para se ter uma ideia, o Brasil pode ter ate oito vagas e a Argentina sete. Para os demais países são quatro vagas. Assim digamos que até o 14º colocado do Brasileirão pode ir à Sula. Se brinca muito aqui no país que “quem não cair para a Série B, joga a Copa Sul-Americana”. Na Argentina pode até a linha pode chegar até o 12°. Imagina o nível dos outros quatro dos demais países.
Se caracteriza então um prêmio aos times menos qualificados. E o pior é que depois se premia times que são eliminados da fase de grupos da Copa Libertadores, ou seja, dois prêmios à mediocridade. Fora do Brasil são times às vezes desconhecidos do grande público ou que um dia já foram grandes, caso do Independiente da Argentina, que já foi o Rei da Liberadores, lá nos anos 70. Há também os times que hoje vivem somente de tradição: Milionários e Jr Barranquilha da Colômbia, Lau do Chile, Guarani do Paraguai, Huracan e Lanus da Argentina.
E aqui do Brasil? Foram oito times, sendo sete qualificados e mais o Bahia, que caiu da Libertadores. Todos vieram a partir do 7º colocado do Brasileiro: Vitória, Corinthians, Grêmio, Fluminense, Cruzeiro, Vasco e Atlético Mineiro. Para se ter uma ideia do momento deles no atual Brasileirão, somente o Cruzeiro é protagonista, o resto é uma lastima, inclusive com times brigando hoje para não serem rebaixados. Era para o Brasil fazer até mesmo todos os jogos das semifinais, pela fragilidades dos adversários, mas só um chegou: O Galo, que aqui no nosso país hoje briga contra o Rebaixamento. Os demais sete foram embora, muitos ainda cedo, por incompetência, outros por desinteresse, caso do Cruzeiro.
Aliás o Cruzeiro é quem deu o tom da mediocridade da competição, quando ao ser eliminado na fase de grupos, nem sequer chegando à segunda colocação para uma futura repescagem, seu treinador, o português Leonardo Jardim, comemorou a eliminação, afirmando na coletiva oficial que o Cruzeiro não pode jogar a Sul-americana, merecendo coisa melhor ( no caso a Libertadores). Jardim aproveitou o tempo para ajeitar o time para o Brasileiro, que alias lhe deu frutos. O nível técnico desta Sula sempre foi ruim. Tanto é verdade que quem se destacou foram os desconhecidos, Musch Runa do Equador e o Atlético Bucaramanga da Colômbia. O futebol apresentado por Independiente Del Valle a Atlético Mineiro nesta partida de ida das semifinais, jogada em Quito , foi deplorável, mostrando o baixo nível técnico da competição.