A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) está investigando um suposto terapeuta, de 49 anos, acusado de agredir a ex-esposa, de 43, e a filha, de 17, que possui Transtorno do Espectro Autista (TEA). O caso ocorreu no último domingo (9 de novembro) no bairro Jardim Laguna, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O suspeito, que foi preso em flagrante, teve a liberdade provisória concedida pela Justiça após recurso da defesa.
De acordo com o boletim de ocorrência da Polícia Militar (PMMG), o homem foi à residência para uma visita assistida à adolescente. O suspeito teria se exaltado com a filha após ela recusar brincar e jogar o celular dele no chão. A mãe interveio na situação, questionando as atitudes do ex-marido com a menina.
O registro policial indica que a discussão evoluiu para agressões e ameaças de morte por parte do suspeito. A mulher perdeu a consciência, e os ataques só cessaram com a intervenção de conhecidos da família. A ex-esposa, que apresentava lesões graves, foi encaminhada em estado grave ao Hospital Municipal de Contagem.
A irmã da vítima relatou que o suspeito é ciumento, não aceita o divórcio e costuma dizer que está casado com a mulher “até a morte”, além de responsabilizá-la pelo fato de a filha ter TEA.
Em sua versão, o homem alegou que foi à residência para uma visita combinada e que a ex-companheira iniciou a discussão e passou a agredi-lo. Ele afirma ter tentado se defender. Apesar do Ministério Público (MPMG) ter requerido a prisão preventiva, a Justiça concedeu a liberdade provisória ao homem. O juiz considerou elementos apresentados pela defesa que levantam dúvidas sobre a dinâmica dos fatos. O advogado do suspeito afirmou que irá provar que o cliente é a vítima no caso, citando um histórico de brigas por questões patrimoniais e relacionadas à filha.






