O ex-presidente Jair Bolsonaro, preso preventivamente neste sábado (22 de novembro) por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), passará por audiência de custódia ao meio-dia deste domingo (23). A audiência será realizada por videoconferência na Superintendência da Polícia Federal (PF) no Distrito Federal, onde o ex-presidente está detido.
A decisão de prisão preventiva foi motivada pelo risco de fuga de Bolsonaro, citado por Moraes, após uma tentativa de violar a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda e devido à vigília convocada pelo senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) nas proximidades da residência onde o ex-presidente cumpria prisão domiciliar. A defesa de Bolsonaro nega a intenção de fuga e afirma que a tornozeleira foi imposta para “causar humilhação”.
Moraes determinou que seja disponibilizado atendimento médico em tempo integral ao ex-presidente e que as visitas sejam previamente autorizadas pelo STF, com exceção dos advogados e da equipe médica.
Bolsonaro, condenado a 27 anos e três meses de prisão na ação penal da trama golpista, estava detido em casa por descumprimento de medidas cautelares fixadas no inquérito que investiga seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por atuação junto ao governo dos Estados Unidos. O prazo final para os últimos recursos da defesa na condenação golpista se encerra neste domingo. Caso sejam rejeitados, as prisões serão executadas. O pedido da defesa de concessão de prisão domiciliar humanitária foi rejeitado por Moraes no sábado.








