Os trabalhadores terceirizados da educação municipal de Belo Horizonte, contratados pela empresa MGS, decidiram em assembleia nesta quinta-feira (27) deflagrar greve a partir da próxima quarta-feira (3). A paralisação afetará mais de 2,2 mil profissionais que atuam como serventes, porteiros e cantineiras nas escolas da rede municipal.
O movimento foi motivado pela publicação de um novo edital de licitação pela Secretaria Municipal de Educação, que renovará os contratos atuais – com previsão de encerramento entre o Natal e o Ano Novo. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sind-Rede/BH), o documento desconsidera conquistas históricas da categoria e não assegura reajuste salarial em 2026.
Entre os direitos que poderiam ser perdidos estão os 20 minutos de intervalo, o seguro de vida, a garantia de retorno ao mesmo local de trabalho após licença médica e o aviso prévio de pelo menos sete dias para compensação de horas extras. As cantineiras também permanecem sem adicional de insalubridade, e não há garantia de manutenção do vale-alimentação.
A Prefeitura de Belo Horizonte esclareceu que os contratos atuais com a MGS seguem válidos até fevereiro de 2026 e que a empresa atual poderá participar da nova licitação. O executivo municipal também garantiu que, caso outra empresa vença a disputa, todos os trabalhadores serão absorvidos, evitando demissões em massa.
A greve foi confirmada após assembleia realizada em frente à Prefeitura, e os trabalhadores devem se reunir novamente na quarta-feira (3), após audiência pública na Câmara Municipal que discutirá a situação dos terceirizados da educação.







