A Assembleia Legislativa aprovou em primeiro turno, nesta terça-feira (2), o projeto de lei que autoriza a privatização da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa). A proposta de autoria do governador Romeu Zema (Novo), recebeu 50 votos a favor e 17 contra.
A sessão foi marcada por protestos nas galerias e por tentativas de obstrução tanto da oposição, que queria adiar a votação, quanto da base governista, que inicialmente não tinha o número mínimo de deputados no plenário para a aprovação.
O texto aprovado agora retorna à Comissão de Fiscalização Financeira da Assembleia para nova análise, antes de seguir para a votação final em segundo turno. No mês passado, uma emenda constitucional aprovada pela ALMG retirou a exigência de referendo popular para a venda da estatal, transferindo a decisão final para os deputados.
Venda da Copasa é prioridade de Zema
O projeto prevê que o estado deixará de ter o controle da empresa, mantendo apenas uma ação preferencial com poder de veto. Atualmente, o estado detém 50,03% das ações, sendo o maior acionista.
A Copasa é responsável pelo abastecimento de água em 637 dos 853 municípios mineiros, o equivalente a 75% do estado, e também pelo esgoto em 308 cidades. A estatal tem valor de mercado estimado em mais de R$ 18 bilhões e lucro de R$ 1 bi em 2025.
A privatização é uma das principais bandeiras do governo Zema, que argumenta ser necessária para atrair investimentos, modernizar a empresa e ajudar a reduzir a dívida de Minas com a União, hoje estimada em R$ 181 bilhões.
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