Um motociclista de 21 anos morreu na madrugada de quinta-feira (25), no bairro João Pinheiro, região Noroeste de BH, durante o chamado “rolezinho do grau”. A vítima foi encontrada caída e sem capacete na Avenida Delta, próximo a uma moto sem placa e a um poste danificado.
O Samu foi acionado, mas constatou o óbito no local. Até o início da manhã, a Polícia Militar não havia encontrado nenhuma testemunha do acidente.
Na capital, moradores relataram os “rolezinhos” em bairros como Estoril, Nova Cintra, Nova Suiça, Serra, Jardim Leblon e Jaqueline. Na região metropolitana, cidades como Mateus Leme e Contagem também registraram eventos semelhantes.
O que é ‘rolezinho do grau’?
O rolezinho do grau consiste em um encontro de motociclistas que fazem manobras em vias públicas. Geralmente, eles circulam em vias movimentadas, o que oferece risco a pedestres, outros condutores e aos próprios participantes. A principal manobra utilizada é o “grau”, onde motociclistas empinam os veículos, mas também organizam “buzinaços” e o “rangangan”, que é acelerar a moto ao máximo, causando perturbação do sossego.
A prática começou no Natal de 2023, e desde então, tem irritado moradores e desencadeado operações das forças de segurança.
A pessoa flagrada empinando motocicleta poderá ser autuado por direção perigosa. A prática é classificada pelo Código de Trânsito Brasileiro (CTB) como infração gravíssima. Além de multa no valor de R$ 293,47, o motociclista pode perder a permissão de dirigir e até ser preso, dependendo da situação.
“Participar, na direção de veículo automotor, em via pública, de corrida, disputa ou competição automobilística ou ainda de exibição ou demonstração de perícia em manobra de veículo automotor, não autorizada pela autoridade competente, gerando situação de risco à incolumidade pública ou privada: Penas – detenção, de 6 (seis) meses a 3 (três) anos, multa e suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo automotor”, diz o artigo 308 do CTB.
A Polícia Militar realiza a Operação Cavalo de Aço, com 1.400 agentes em todo o estado, utilizando motos, drones e outros recursos para coibir os rolezinhos do grau que envolvem manobras irregulares no trânsito. A operação segue até 4 de janeiro.
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