Por Oliveira Lima
O Atlético Mineiro estreou na temporada de 2024 perdendo para o Patrocinense em Patrocínio por 2×1 de virada, na rodada inaugural do Campeonato Mineiro. Claro que se tem explicações para a derrota. Galo tem apenas 2 semanas de trabalho neste ano, enquanto o Patrocinense vem se preparado desde o final de novembro ano passado.
E quanto ao time, Felipão não pode contar com 6 titulares: Scarpa ainda longe da forma física ideal. Mariano, Bruno Fulks, Zaracho e Bataglia no DM e Hulk, com infecção intestinal. O Galo que entrou em campo não foi páreo para o ótimo time do CAP. Em condições normais, time de Felipão ganharia fácil. E uma dessas condições seria jogar num gramado decente, o que não foi o caso do estádio Pedro Alves do Nascimento.
Patrocinense não cortou a grama um dia antes ou no dia do jogo como manda a boa prática. Deixou a grama muito alta e matou o Galo. Claro que o time da casa já está acostumado com o seu gramado pesado. Ficou impossível os jogadores do Galo jogarem bem, todos “pararam” em campo. Como não consta no regulamento o tipo e espessura da grama, legalmente o CAP não agiu de forma errada.
Em qualquer lugar do mundo, tem isto no regulamento. Gramado tem que ser impecável! É um espetáculo! Europa, Asia são exemplos. Tanto verdade que quando indagado sobre a grande diferença entre o futebol europeu e o brasileiro, Gabriel Jesus foi taxativo na resposta: “o gramado”. Pelo mundo afora todo mundo sabe que para se jogar bem, tem que ter gramado bom. O Patrocinense sabe disso! No entanto, usa a “Lei de Gerson” para se beneficiar, como fez contra o Galo.
Lei de Gerson é um princípio em que determinada pessoa ou empresa obtém vantagem de forma indiscriminada, sem se importar com questões éticas ou morais. Uma publicidade veiculada em 1976, nas TVs brasileiras, e no vídeo o jogador Gerson, camisa 8 da Seleção Brasileira campeã do mundo em 1970, dizia o seguinte: “Gosto de levar vantagem em tudo, certo! Leve vantagem você também, Leve Vila Rica” Vila Rica era uma marca de cigarros, recém lançada pela Cia de Cigarros Souza Cruz. Quatro anos depois a expressão virou a “Lei de Gerson”, através do jornalista Mauricio Dias, entendendo que o brasileiro gosta de levar vantagem em tudo. Foi que fez o Patrocinense.