O Viagra aumenta o risco de ataque cardíaco?
Segundo os médicos, esse perigo não existe. Até há casos de homens que sofreram um ataque cardíaco após usar o medicamento. No entanto, os especialistas explicam que a causa do problema foi o esforço excessivo e prolongado durante o sexo, e não a ação da droga em si.
Algumas vezes, efeitos colaterais comumente reportados por quem usa o remédio —calor da face, taquicardia leve, dor de cabeça e sensação de nariz entupido — podem levar a pessoa a achar que está tendo um problema no coração. Mas fique tranquilo. Esses sintomas ocorrem por causa da ação vasodilatadora da droga.
Quem tem doença do coração corre risco?
Não. Pesquisas mostram que o uso do remédio é seguro mesmo para pessoas com doença coronariana. Um estudo da Universidade de Manchester, no Reino Unido, com 6.000 homens com diabetes tipo 2 e elevado risco cardíaco, revelou perigo menor de infarto e morte entre aqueles que tomavam Viagra, em comparação com quem não usava o comprimido. O trabalho foi publicado no periódico oficial da Sociedade Britânica de Cardiologia.
Outra pesquisa conclui que os inibidores da PDE, como a sildenafila, podem ser usados com segurança por pacientes com doença cardíaca, inclusive melhorando a performance do coração. O estudo é da Universidade Sapienza, em Roma, na Itália, e foi publicado no periódico BMC Medicine.
A única contraindicação absoluta é a associação com medicamentos que contêm nitrato na fórmula —normalmente prescritos para doenças do coração. A combinação das drogas pode causar queda de pressão severa, acidente vascular cerebral (AVC), infarto e até a morte. Daí a importância de não consumir a pílula azul sem orientação médica, principalmente se você faz uso de algum outro remédio.
Como funciona o comprimido
A ação do Viagra —assim como de versões com outros nomes comerciais, como Cialis e Levitra, além dos genéricos— é inibir a atividade da enzima PDE5 (fosfodiesterase 5). A PDE5 impede a ereção porque prejudica a vasodilatação e a irrigação sanguínea no pênis. Sem essa ação da enzima no momento do estímulo sexual, potencializa-se o efeito do óxido nítrico, que é um vasodilatador natural do organismo, e a ereção pode acontecer.