Segundo Eduardo Cappia, a classe A10 corresponde ao B1 no Brasil
A Associação Nacional de Radiodifusores (NAB) está instando a Comissão Federal de Comunicações (FCC) a proceder com cautela na criação da nova classe de transmissão FM “A10”, proposta para melhorar a potência do sinal e a cobertura das estações FM de Classe A, especialmente em áreas rurais. O engenheiro Eduardo Cappia explicou ao tudoradio.com as preocupações com a possível invasão do espaço espectral de outras emissoras em áreas densamente povoadas, como São Paulo e Campinas, comparando a situação com práticas americanas e enfatizando a saturação espectral como um desafio significativo.
A NAB destaca que o aumento da potência pode causar interferência com estações existentes, especialmente em áreas densamente povoadas como o Nordeste dos EUA e a Califórnia. Além disso, a atualização para a classe A10, que ampliaria o raio de cobertura típico de uma estação de Classe A em apenas cerca de 3,6 quilômetros, pode não ser economicamente viável para muitas estações, já que os custos de atualização podem não ser compensados por um aumento significativo de audiência ou receita.
A NAB também aponta a necessidade de mais dados e análises para entender completamente as implicações da nova classe de transmissão FM. A falta de avaliações técnicas detalhadas e análises de mercado na proposta inicial dificulta a avaliação dos verdadeiros benefícios em relação aos riscos e custos.
Ao adotar uma abordagem cuidadosa, a NAB espera que a FCC assegure que quaisquer mudanças nos padrões de transmissão FM beneficiarão o maior público possível sem comprometer a qualidade dos serviços existentes.
O engenheiro Eduardo Cappia (Conselheiro da SET e Diretor EMC), disse ao tudoradio.com que preocupações similares relacionadas à cobertura e proteção das emissoras em áreas densamente povoadas também ocorrem no Brasil. Ele mencionou que a criação da classe A10 nos Estados Unidos poderia invadir o espaço espectral de outras emissoras, especialmente em regiões metropolitanas, levando a uma saturação espectral. Ele também comparou as práticas dos Estados Unidos com as do Brasil, onde a classe A10 se assemelharia à classe B1 e ressaltou a perspectiva brasileira e estações complementares para melhorar a cobertura em áreas rurais.
Cappia disse que a proposta da classe A10 visa melhorar a cobertura das estações FM em áreas carentes, mas enfrenta desafios técnicos, econômicos e de interferência, necessitando de uma análise cuidadosa e mais dados para avaliar sua viabilidade e impacto.
E por qual razão olhar para lá fora?
O tudoradio.com costuma observar esses pontos de curiosidade dos números do rádio internacional para mapear possíveis mudanças de hábitos e a manutenção do consumo de rádio em diferentes países. Assim como ocorreu no ano anterior, periodicamente a redação do portal irá monitorar o desempenho do rádio nos principais mercados do mundo e, é claro, fazendo sempre uma comparação com a situação brasileira. E, como de costume, repercutindo também qualquer número confiável sobre o consumo de rádio no Brasil.
*Fonte: Tudo Rádio
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