“Clube Atlético Mineiro
Galo forte e vingador”
Neste 15 de abril é comemorado o Dia do Desenhista. Um momento para relembrar o histórico Fernando Pieruccetti, criador do Galo, o mascote de maior identificação com um clube de futebol.
Mais conhecido como Mangabeira, o jornalista e chargista criou o Galo em 1945, a pedido do jornal Folha de Minas, do qual era ilustrador. Outros mascotes foram criados para os principais times do Campeonato Mineiro, mas o Galo Carijó se sobressaiu. Em 1976, já aposentado, Mangabeira explicou a escolha:
“O Atlético era um time que já se mostrava lutador, de garra, simpático. Com essas características só tinha o galo, o galo de rinha, que nunca se entrega e luta até a morte. Além disso, o galo é o símbolo da aurora, da alegria do dia que começa”.
Ao longo do tempo, Galo virou sinônimo de Atlético, e ganhou novos traços: o Galo Ziraldo e o Galo Volpi. Marcado pelo pioneirismo, o Clube levou a fantasia do mascote já aos jogos no Mineirão na década de 1970. Veio o “Galo Doido” inflável nos anos 2000, até a criação do moderno Galo, que sempre impulsiona a Massa em sua entrada triunfal nos jogos.
Alguns anos antes da criação do mascote, o Atlético já era chamado de “Galo” por suas vitórias sequenciais, lembrando um galo de briga em Belo Horizonte na década de 1930, que não perdia uma. O Galo Carijó também se inspira no próprio uniforme preto e branco do Atlético. Além disso, “o Galo de Mangabeira remetia à mística do “vingador”, cultivada pelo Atlético desde os seus primeiros anos e fortalecida com a popularização do clube a partir dos anos 1930”, escreveu o professor Marcelino Rodrigues da Silva, notório pesquisador da vida e obra do ilustrador.
Fernando Pieruccetti faleceu em 2004, e foi homenageado com o Galo de Prata, a condecoração mais importante do Clube Atlético Mineiro, que leva o mascote criado por ele mesmo. Passou anos sem ter o devido reconhecimento do público, mas ele vinha cada vez que ligava o rádio ou a TV e ouvia a Massa gritando nos jogos: “Galôôô! Galôôô! Galôôô!”