Galo e Junior Alonso estão reunidos novamente! Multicampeão pelo Clube, o zagueiro paraguaio foi apresentado oficialmente nesta segunda-feira (15/7), por meio de entrevista coletiva virtual direto do CT. Alonso estava no futebol da Rússia e inicia a terceira passagem pelo Atlético. A busca por novas conquistas está reativada!
“Estou muito feliz de estar de volta aqui, a minha família também. Estou aqui para lutar outra vez juntos”
Junior Alonso já foi inscrito no BID da CBF e depende apenas do “ok” da comissão técnica de Gabriel Milito para entrar em campo. Ele vestirá a camisa 8 e assinou contrato até dezembro de 2026.
“Obrigado ao Victor e ao Clube por toda a confiança. Foi uma conversa rápida, sem enrolação na negociação. Eu quis voltar, e o Atlético também quis. O futebol traz momentos bons e ruins, mas tendo paixão e confiança pelo trabalho, vamos conquistar mais coisas aqui”, disse o zagueiro.
Veja, na íntegra, o que foi dito na apresentação:
Introdução:
Victor Bagy
“Gostaria de contar um pouco a história desse retorno ao Galo. Um dos poucos pedidos do Milito, talvez um dos únicos, foi um zagueiro canhoto para auxiliar na construção de jogadas. Pouco tempo depois, a gente monitorando o mercado, buscando essa peça, recebi mensagem do Junior falando do desejo de voltar o Brasil, e a prioridade era o Galo, pelo amor que ele tem ao Clube”.
“Então, foi um “problema” inicial que nós tínhamos, de buscar essa peça, e que foi rapidamente solucionado quando trouxe o nome do Alonso ao Milito. A partir daí, começamos a conversar com mais frequência, com o Alonso, o staff dele. Enaltecendo o profissionalismo do Junior, conversas de alto nível e profissionalismo até ele terminar a temporada na Rússia”.
“Seja bem-vindo novamente, Junior, a casa é sua. Um investimento importante feita pela SAF, o retorno do Junior, que seja um período de grandes conquistas e trabalho, para conquistar ainda mais o carinho da Massa”.
Junior Alonso
“Obrigado ao Victor e ao Clube por toda a confiança. Foi uma conversa rápida, sem enrolação na negociação. Eu quis voltar, e o Atlético também quis. Estou muito feliz de estar de volta aqui, a minha família também. Estou aqui para lutar outra vez juntos. O futebol traz momentos bons e ruins, mas tendo paixão e confiança pelo trabalho, vamos conquistar mais coisas aqui”
Coletiva de imprensa:
Pergunta: Pelas redes sociais, você acompanhava o clube, queria saber da sua relação e carinho pelo Atlético.
Alonso: “Sempre segui os jogos do Galo, pela diferença de horário, às vezes era complicado. Mas eu sempre via as fotos do treino, acompanhava os meus ex-companheiros. Sempre quis saber o que estava acontecendo aqui, os bons momentos, os momentos não tão bons. Eu e minha família gostamos de Belo Horizonte, temos identificação. Quando teve essa chance de voltar, não tivemos dúvidas”.
P: Você teve duas passagens pelo Galo, uma com vários títulos, outra nem tanto. Queria que você falasse sobre esses dois momentos. E, além disso, está pronto para atuar amanhã?
Alonso: “Eu fiz uma análise, porque estava olhando os comentários, muitos falavam de 2021 e 2022. Mas eu cheguei aqui em 2020, ainda com o Sampaoli. Individualmente, o meu melhor momento foi de 2020, os números falam isso. Coletivamente, 2021 foi ótimo. Mas, dos três campeonatos que joguei, do Brasileiro, o melhor foi em 2020. O de 2021 foi muito bom. Em 2022, eu não falaria que foi ruim, mas, dos três anos, foi o menor rendimento que eu tive aqui. É normal, faz parte, sou ser humano. Mas, também sei que, em um contexto mais amplo, no largo período, meu rendimento sempre vai ser ótimo, pela minha maneira de trabalhar”.
Alonso: “Sobre o jogo, estou preparado, vai depender do treinador se ele vai querer me colocar ou não. Eu estou ativo, antes de chegar, estava jogando e treinando, fiz dois amistosos antes da Copa América. Estou preparado para competições”.
P: como um zagueiro canhoto pode agregar ao estilo de jogo do Milito?
Alonso: “Acho que, pelo sistema de jogo, atuando na linha de três na fase defensiva, o stopper pela esquerda, ele tem que ter esse perfil, por isso eu acho que o treinador estava atrás de um zagueiro canhoto, fica mais fácil nos passes entrelinhas. É uma função que o Saravia busca fazer pela direita. Com o Sampaoli, em 2020, joguei quase sempre assim. Então, conheço a função”.
P: Qual o motivo de escolher a camisa 8?
Alonso: “Acho que marca um pouco da versatilidade do número. Era o número que estava disponível. Além disso, posso jogar de zagueiro, de lateral também, numa linha de três, como stopper. Nada além disso”.
P: Voltar a essa função numa linha de três é confortável para você?
Alonso: “Então, na Rússia era uma linha de quatro defensores na fase sem a bola, e, quando atacávamos, também usávamos uma linha de três. Acontece que lá eu era o líbero, havia outro defensor pela esquerda, um lateral mais defensivo. Taticamente, estou acostumado. Sei que o ritmo de jogo no Brasil é diferente. Fisicamente, estou muito bem, preparado. Agora, é pegar o ritmo de jogo”.
P: Você já conhecia o técnico Gabriel Milito?
Alonso: “Não o conhecia, mas tinha conhecimento do seu trabalho no Argentinos Juniors. Tinha um companheiro, o atacante Gabriel Ávalos, que trabalhou com ele muito tempo. Sabemos da intensidade que ele gosta nos treinos e jogos, pensando sempre no ataque, posse de bola. Já falamos sobre isso durante a semana, ele está me transmitindo essas ideias. Eu também gosto do sistema, de ser protagonista, de os zagueiros fazerem parte da construção ofensiva. Eu irei me acostumar a isso, o Lyanco também, outros jogadores também. Jogando a cada 2, 3 dias, vamos pegar a ideia muito mais rápido também”.
P: No seu currículo pelo Galo, falta a Libertadores. Como projeta a competição para 2024?
Alonso: “É um desejo de todos aqui, do clube em geral. Em 2021 fomos perto da final, um mínimo detalhe nos deixou fora. Temos um elenco forte, grande treinador. Só depende de nós. Na Libertadores, o mínimo detalhe é importante. Não permite errar. Teremos as oitavas contra o San Lorenzo, rival difícil, temos que ser inteligentes, saber que teremos momentos de controle de bola e outros não. Que vai jogar bem, outros momentos nem tanto, mas sempre preparado para passar por isso tudo”.
P: Qual a sua análise sobre os seus companheiros de posição?
Alonso: “O Rabello eu já conheço, jogamos juntos. Tem os outros que estou conhecendo agora. Estamos conversando no dia a dia, cada um tem suas características, o treinador terá o “problema” de encontrar a melhor formação. Estou feliz, estamos nos falando durante os treinos, vestiário, fui bem recebido. Que todos tenham oportunidade e capacidade de fazer o trabalho. Teremos muitos jogos, e todos devem estar preparados, porque a oportunidade de jogar irá chegar”.