Por Oliveira Lima
Depois de ganhar o Campeonato Mineiro, do qual foi hexa, o Atlético Mineiro se tornou um time claudicante nas competições sequenciais do certame estadual. E tudo pela questão de desgaste físico, além claro do insano calendário do futebol brasileiro. Gasta-se três meses para uma competição que só interessa à política podre da CBF e Federações e depois, em sete meses, se comprimem as competições que realmente interessam, que são o Brasileirão e as Copas da Conmebol e do Brasil. O diagnóstico é simples: quem levar à sério o estadual se arrebenta depois. O Galo está pagando o preço por esta escolha.
Os trabalhos do time de Cuca começaram com 5 dias de atraso em janeiro, mês que seria de pré-temporada(pra rodo mundo), estrangulada pelos famigerados estaduais. Chegou “atrasado” aos compromissos nos Estados Unidos, no que se chamou pré-temporada de uma semana. Pra piorar, pegou 5 dias de temperatura beirando à zero grau. Assim praticamente jogou contra Cruzeiro e Orlando City, sem nenhum treino, depois de 30 dias de férias.
Pra cumprir seus compromissos em solo norte-americano, teve que colocar nas três primeiras rodadas do Mineiro, seu time sub-20, que é muito ruim por sinal. Deu errado, pois os “meninos” empataram os jogos. Time titular teve que voltar às pressas e jogar 5 decisões para garantir vaga às semifinais. Se arrebentou para ser hexa, com mais 4 jogos da reta final. Hulk foi exemplo disso, pois se lesionou diante do Tombense em Sete Lagoas, na decisão da vaga final contra o América.
Não deu tempo nem para começar o título mineiro, pois em seguida vieram as duas Copas e o Brasileirão, com jogos de mata-mata e pontuação corrida, jogando a cada três dias. Em dois meses, já são 18 jogos, envolvendo o Brasileirão, Copa do Brasil e Sul-Americana. Para um time que elenco curto e desnivelado, e que veio arrebentado do Estadual, a conta do interesse pelo Mineiro acabou de chegar: são 10 lesões musculares em 7 jogadores.
São duas lesões seguidas para Guilherme Arana, Jr Santos e Palácios e um para Hulk, Alan Franco, Lyanco e Igor Rabelo. Como os reservas, a maioria sem a mesma qualidade técnica de quem é titular, não dá para rodar o elenco a toda hora. Resultado é time jogando no limite físico. Exemplo foi o jogo contra o Cruzeiro em que o Galo não conseguiu competir no clássico.
Sendo assim, fica completamente comprometida a performasse do Galo daqui pra frente: No Brasileiro frequentou a zona de rebaixamento e hoje está no meio da tabela. Não obteve vantagem sobre o Maringá pela Copa do Brasil e está atrás do Cienciano na classificação da Sula. Tudo isso por conta do desejo de ser hexacampeão mineiro.