Por Oliveira Lima
Atlético Mineiro e Flamengo, o maior clássico nacional, vão decidir nesta quarta feira, quem dos dois irá sequenciar na Copa do Brasil, o segundo maior torneio brasileiro, e o mais difícil no sistema de mata mata. Se o Galo passar seguirá em busca do 3º título, se equiparando ao Corinthians, com três conquistas. Se o Mengão passar, poderá sonhar com o caneco e se igualar ao Cruzeiro, como maior vencedor da competição.
Time mineiro já ganhou a ida no Maracanã semana passada por 1×0 e tem o empate à seu favor. Já a equipe carioca precisa vencer por um gol de diferença e depois vencer nos penais, tendo ainda opção de vencer por dois gols ou mais, se não quiser passar pelo sofrimento das penalidades. O mais pesado clássico nacional é a grande atração(ao lado de Palmeiras x Corinthians) nesta fase da Copa do Brasil.
Será o encontro do mais poderoso elenco da América do Sul, o Flamengo, e um time titular muito forte, o Atlético Mineiro. O Galo tem vantagem do empate, mas outras duas situações lhe são favoráveis: seu goleiro Everson e um tabu daqueles. Goleiro atleticano vem de muito tempo, como um dos melhores da posição no país, salvando constantemente seu time de derrotas claras. Paulista de Pindamonhangaba, 35 anos, é cria do São Paulo, se profissionalizou no Guaratinguetá/SP, e se destacou no futebol nordestino, passando por River/PI, Confiança/SE e chamou a atenção do sudeste brasileiro jogando no Ceará. De lá veio para o Santos, desbancando Wanderley, que era o titular. No Galo, veio no começo da pandemia do Covid 19, a chamado do técnico Sampaoli. Está há 5 anos titularíssimo no gol atleticano. Campeão brasileiro e da Copa do Brasil, além de penta campeão mineiro e já passou pela Seleção Brasileira. Goleiro inquestionável.
Se Everson não tomar gol, o Galo derruba o Flamengo na Copa do Brasil. Mas além da barreira chamada Everson, o Flamengo tem ainda outro “desafio”: um tabu daqueles. Flamengo nunca reverteu uma desvantagem em mata mata, quando perdeu o primeiro jogo em casa. Não valem aí confrontos caseiros, pois o campo é neutro. E são 72 anos de tabu, em 13 mata matas, com 11 eliminações e 2 vice-campeonatos. A primeira em 1952 para o São Paulo e a última para o Penarol, ano passado. São então dois enormes desafios: Everson e o Tabu. Este último é um tormento psicológico e Everson, além de ótimo goleiro é também pegador e batedor de pênaltis. Caso o Fla ganhe por um gol de diferença, decisão será no “tiro livre da marca penal”.