Por Oliveira Lima
Um dos maiores dogmas do futebol brasileiro está sendo quebrado pelo jovem técnico atleticano, Gabriel Milito; Não se prender à um só esquema tático, à uma só escalação, à um só jeito de jogar. No Brasil é praticamente lei, um time titular imexível, um só esquema e assim por diante. A ideia aqui é que o argentino Milito, com muito sucesso no modesto Argentino Jrs, fosse um adepto ferrenho do 3/5/2, o esquema com 3 zagueiros. Até agora mostrou tudo ao contrário: em três jogos, três calções diferentes e esquemas diferentes.
Na prática provou que joga de acordo com o adversário. Na sua estrea diante do Cruzeiro em casa, (2×2) jogou com 3 zagueiros, Fulks, Jemerson e Lemos e 5 no meio campo, com 2 atacantes. Bataglia, Igor Gomes e Zaracho foram os meias. No jogo na Venezuela contra o Caracas, poupou jogadores, atuou com 2 zagueiros 3 meias e 3 atacantes: Sacou Lemos, tirou Zaracho,, entrou com Franco e no ataque incluiu Allison. Mudou time e esquema. Já na vitória diante do Cruzeiro por 3×1 na conquista do título mineiro, manteve dois zagueiros, surpreendeu com 3 volantes, voltou com Zaracho. Otávio e Franco foram as novidades.
Para o jogo desta noite, contra o Rosário Central na Arena, pode mudar tudo novamente. Rubens pode ser a novidade e ele pode voltar com 3 zagueiros também. E por motivo de força maior pode ficar sem Hulk, sentindo a posterior da coxa direita. Provavelmente não vai repetir o time que foi campeão sobre o Cruzeiro, podendo sacar Otávio . E quais foram os jogadores que até agora jogaram as 3 partidas com Milito? Everson, Saravia, Fuks, Jemerson, Arana, Bataglia, Hulk e Paulinho: 8 jogadores. Duas partidas começaram Franco, Igor Gomes e Zaracho e uma vez jogaram Allison, Otávio e Lemos. Assim Milito é muito mais que um técnico com um só esquema, um só jogo, um só time.