Por Oliveira Lima
Quando Gabriel Milito chega no Galo, na última semana de março, quem salvava o time de Felipão sempre era o Hulk, na individual, pois a equipe não andava coletivamente. Muito mal, com apenas a 4ª melhor campanha da fase classificatória do Mineiro e sem muita perspectiva de melhora, o Galo troca o seu comando técnico. Sai Felipão, entra Milito. Em apenas um mês tudo se modifica. Jogadores escanceados pelo antigo treinador têm vez com Milito, que ressuscita muita gente e faz Scarpa jogar muita bola.
Além de Scarpa, que virou artilheiro e dono do time, ressurgiram o lateral/ponta Sarávia, o meia Zaracho, o ala Arana, Otávio apareceu de vez, mandando Bataglia para a zaga, Bruno Fuks, o meia Franco, além da manutenção do atacante Paulinho. Todo mundo se deu bem, tornando o Galo o melhor time do Brasil. Todo mundo,, menos o que era o esteio do clube e do time em campo; Hulk.
Com Milito, Hulk faz função diferente em campo, no extenso combate à defesa adversária e uma ligação com os homens do meio, deixando espaço para os pontas/alas, Scarpa e Arana. Mais atrás Hulk cria situações de chegadas à área dos meias Zaracho, Ffanco e até do zagueiro Bruno Fuks. Resultado é que todos fazem gols, menos Hulk. É o preço que ele paga por se inserir no jogo coletivo. Tanto é verdade a sua entrega que foi substituído em todos os jogos, por conta do cansaço, menos este último contra o Penarol, quando o Galo perdeu de 2×0. Teve até jogo que o único do elenco a nem sequer viajar foi Hulk,
Na entrevista pós-jogo em Montevideo, disse que estava incomodado em não fazer gols, mas alegre em servir aos companheiros. Mas na real está bem incomodado, pois foi artilheiro em todos os times que jogou na vida, um verdadeiro Rei no Porto. Principal peça atleticana e o melhor jogador do Brasil nos últimos anos, é a referência desde que chegou em 2021, pra ser campeão Brasileiro.
Hoje curte a maior seca de gols com a camisa do Galo, igualando-se ao seu primeiro ano , 2021, ainda em adaptação; Já são 10 jogos sem marca. O último foi o de pênalti contra o Cruzeiro na partida de volta no Mineirão em 7 de abril, na final do Mineiro e foi de pênalti. Resumo da obra da virada do Galo como melhor time no atual futebol brasileiro; para ressuscitar o time inteiro, Milito matou Huck.