Por Oliveira Lima
A cultura do futebol brasileiro é de técnico que pega trabalhos no meio do caminho, substituindo quem não deu resultados esperados pelos dirigentes. Esse é o caso da chegada de Gabriel Milito agora no Galo. Felipão até entregou resultados(time na Libertadores e na final do Mineiro), mas caiu pelo desgaste com a torcida e diretoria e um futebol não tão confiável como se esperava. Galo completa três anos em que nenhum treinador chegou a um ano de trabalho e nem perto de completar 50 jogos.
É inacreditável um treinador chegar 5 dias antes do inicio de uma decisão de campeonato, 10 dias de estrear numa Libertadores e há 20 do inicio de um Campeonato Brasileiro, sem dúvida o mais equilibrado do mundo. Milito completa apenas sete sessões de treinamentos para começar duas competições e finalizar outra. É que daqui pra frente, com jogos a cada três dias e meio, ninguém mais vai treinar. A chamada pré-temporada dele é de apenas 5 dias. Inacreditável.
Milito vai colocar toda a sua filosofia de jogo com o “carro andando” e tendo que mostrar resultado. Com um dos elencos mais caros do país, tem a obrigação de ganhar o Mineiro diante de um Cruzeiro ainda em reconstrução. Imagine se perder o campeonato local, como vai entrar na Libertadores e Brasileiro? Aliás a estrea na Libertadores será entre os dois jogo da finais do Estado. E se começa mal o Brasileiro e a Liberta? como fica? Uma coisa é um time que vem desde o inicio do ano com a sequência de um trabalho. Outra coisa é pegar a tarefa no meio do caminho.
Quando acabar o Mineiro, dia 7 de abril, Galo terá em 8 meses três competições; Além do Campeonato Nacional e Libertadores, tem ainda a Copa do Brasil. E vai ter que ganhar pelo menos um título e este é simplesmente a Libertadores ou o Brasileirão. Ganhar a Copa do Brasil somente é um prêmio de consolação. Se Gabriel Milito tivesse chegado no fim da temporada passada, tivesse montado um elenco a esperança seria maior. Chegando em cima da hora, é esperar um milagre e milagre acontece muito no futebol.