O Atlético-MG apresentou maturidade no seu 55º jogo do ano. Contra o Vasco, não sentiu o cenário desfavorável, quando o adversário saiu na frente logo aos 13 minutos de partida. Pelo contrário, mostrou tranquilidade para virar e sair em vantagem no primeiro duelo da semifinal da Copa do Brasil – disputado na Arena MRV. Mas deixou o campo com a sensação que poderia ter decidido em casa, com um placar mais seguro.
O técnico Gabriel Milito surpreendeu na escalação. Escolheu Rubens para ser o substituto de Bernard, lesionado. Já o volante Otávio retornou ao time, como já era esperado.
A dinâmica foi da seguinte forma: Rubens ocupou o corredor esquerdo, enquanto Arana trabalhou por dentro, como um meia-atacante. A dobradinha funcionou e rendeu frutos decisivos na partida.
Antes disso acontecer, veio o susto. Um início de jogo travado, de duelos individuais, e que o Vasco aproveitou de um contra-ataque bem armado para abrir o placar. No lance, Scarpa perdeu a bola, Battaglia e Lyanco não conseguiram acompanhar a marcação, Coutinho recebeu com espaço e, com toda a categoria, fez o gol.
O gol não mudou o ambiente da Arena MRV. E nem a postura do Atlético. Aos poucos, a equipe se instalou no campo de ataque e empurrou o Vasco para sua área. O Galo empilhou oportunidades. Na primeira, Arana finalizou para fora. Depois, Paulinho exigiu grande defesa de Léo Jardim. Lyanco também foi parado pelo goleiro.
Aos 37 minutos, tudo mudou e trouxe a dupla Paulinho e Hulk ao protagonismo do jogo, lembrando as boas exibições do ano passado. Em tabela pelo meio, o camisa sete acionou Arana pelo lado esquerdo. De primeira, ele acerta o ângulo do gol: 1 a 1.
O empate não mudou a postura do Atlético. Trouxe confiança que poderia virar ainda no primeiro tempo. E virou rapidamente. Em cruzamento de Arana, Paulinho fez a leitura perfeita do lance, cabeceou forte e encerrou um jejum de sete partidas sem marcar.
Em jogos assim, o torcedor se acostumou a ver o Atlético correr menos riscos, recuar as linhas e escolher bem suas jogadas. Mas, no segundo tempo, a postura seguiu a mesma dos primeiros 45 minutos: posse de bola, volume ofensivo e chances para fazer um placar ainda maior.
Sem a bola, o Galo também controlava o Vasco. Não sofria com escapadas e nem com trocas intensas de passes. A equipe de Milito tinha o jogo nas mãos.
No ataque, criou oportunidades claras com Rubens, Hulk e Battaglia. Não fez. Faltou um pouco de capricho no detalhe final.
O Atlético deixou o campo com a sensação que poderia ter definido o duelo na Arena MRV. Isso não ocorreu, mas o time garantiu uma vantagem importante para levar até São Januário.