Na sexta-feira (11), Paulo Serdan, ex-presidente da torcida organizada Mancha Alviverde, se pronunciou sobre a emboscada ocorrida contra torcedores do Cruzeiro, na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, no domingo (27). Serdan classificou o episódio como “triste” e criticou o uso de barras de ferro em confrontos entre torcidas.
“Não compactuo com essa situação que hoje se perpetua entre as torcidas organizadas. Negócio de barra de ferro e outras coisas mais. Que lógica tem uma pessoa caída no chão e outra desferindo golpes de barra de ferro na cabeça?”, disse ele, em postagem nas redes sociais. Serdan afirmou ainda que considera a situação “deplorável” e destacou que a violência não é uma questão exclusiva da Mancha Alviverde, mas das torcidas organizadas em geral.
Ele também esclareceu que as investigações relacionadas ao caso envolvem apenas a torcida organizada e não a escola de samba Mancha Verde, da qual é presidente, frisando que as duas instituições têm CNPJs diferentes.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) informou que o ataque aos torcedores do Cruzeiro, que resultou em um morto e cerca de 20 feridos, teria sido uma retaliação a um confronto entre a torcida Máfia Azul e a Mancha Alviverde em setembro de 2022, na mesma rodovia. Na ocasião, um torcedor do Palmeiras foi espancado e teve objetos pessoais roubados, que posteriormente foram exibidos como troféus por cruzeirenses em estádios.
Serdan mencionou esse incidente de 2022 em seu pronunciamento. “Quando aconteceu na Fernão Dias, há dois anos, era inevitável e o universo sabia que algo mais iria acontecer”, afirmou. Ele também criticou a postura de torcedores de diferentes grupos organizados que, segundo ele, tentam se distanciar de episódios violentos.
Sobre as cenas de violência que resultaram na morte de um torcedor e em diversos feridos, Serdan lamentou: “Infelizmente, tivemos uma morte, e isso não é algo bom para ninguém. Já perdi muitos amigos nesse meio de torcida, e não é algo que se comemora”, concluiu.