Que John Kennedy nasceu em itaúna, vizinha à Divinópolis, na região centro-oeste mineiro, todo mundo sabe. Mas o que é preciso saber sobre o herói tricolor na conquista da tão esperada e desejada Copa Libertadores é quão foi e ainda é o tortuoso caminho do jogador, para chegar onde chegou: herói eterno do Fluminense.
E a história é muito bonita, cheia de superação: de um menino craque de bola e de um homem iluminado. John Kennedy e Fernando Diniz. Nascido em 18 de maio de 2001, há 21 anos, foi revelado pelo Inter de Minas, time de futebol de base, oriundo de Uberlândia, Aos 14 anos foi para o Serrano, time carioca e de lá para o Fluminense. Com 19 anos virou profissional no, se tornando uma das maiores revelações do futebol brasileiro, lançado pelo técnico Marcão. Fazia gol “todo dia” contra Flamengo, Vasco e cia.
Mas, a exato 1 ano, quase jogou tudo fora, pelo comportamento indisciplinado dentro e fora do clube. Internamente faltava aos treinos, chegava atrasado, se lesionou em uma “pelada”de bairro. Fora de campo, uma vida nada convincente com a de um profissional de futebol. Como consequência, foi afastado do time principal, “sendo rebaixado ao futebol de base do clube, chamado Xerém.
Em dezembro do ano passado, a vida do novo e eterno herói do Fluminense, muda completamente e com um personagem de conto de fadas, de cinema e principalmente de “obra de Deus.”: Fernando Diniz. Também de Minas Gerais, Diniz é nascido em Patos de Minas. Sem poder usar o menino, então com 20 anos, Diniz manda John Kennedy para a Ferroviária de Araraquara. No Paulistão deste ano ele foi vice-artilheiro do campeonato, atrás só de Roger Guedes.
Em abril deste ano, Fernando Diniz o chama de volta, para endireitar de vez a vida do menino bom de bola e torná-lo herói. Sem ser titular absoluto(é praticamente uma reserva de luxo), entrou em todos os jogos do mata-mata da Libertadores e fez gols neles todos. Nas oitavas contra o Argentino Jrs, nas quartas fez contrao Olímpia, nas semis anotou contra o Inter e neste sábado marcou o gol do título contra o Boca Jrs.
E na coletiva pós-título, Fernando Diniz, também psicólogo de formação, fez revelações que mostraram as correções da vida do jovem John Kennedy. disse que ele é craque de futebol, com um potencial absurdo e que como pessoa precisa de muito carinho, compreensão e cuidado. Verdade: Diniz, como técnico de futebol(hoje é também técnico da Seleção Brasileira) e psicólogo, sempre cuidou primeiro do homem e depois do jogador de futebol. A própria mãe de John kennedy disse neste sábado que seu filho tem 3 pais, e nesta ordem; Deus, seu pai aqui na terra e o 3º, Fernando Diniz. Disse também( e o principal): Que se não fosse Diniz, seu filho não seria jogador de futebol(bom por sinal, e agora herói eterno do Fluminense) e muito menos um homem de vida endireitada. Sendo assim, Fernando Diniz não é só uma técnico campeão da Libertadores, mas sim técnico campeão da vida.
E por que Diniz apostou tanto em John Kennedy? Ele disse que tinha certeza que ele faria o gol do título. Certamente Diniz também sabe que é “o dedo de Deus” operando aqui na Terra.. John kennedy e Fernando Diniz é mesmo uma história muito bonita do mundo do futebol e principalmente da Vida.
Por Oliveira Lima