O Atlético estreou com derrota no Campeonato Brasileiro para o Grêmio, por 2 a 1, na noite desse sábado. O resultado, no entanto, poderia ter sido diferente pelo desempenho do Galo em campo. Com maior posse de bola e mais finalizações, o time de Cuca desperdiçou um “caminhão” de gols e teve falhas no sistema defensivo, considerado fortaleza desse time.
Com Hulk liberado do departamento médico, a escalação do Galo voltou a ter o camisa 7. Cuca já deixou claro o time considerado titular, pelo menos neste momento: Everson, Natanael, Lyanco, Alonso, Arana, Alan Franco, Gabriel Menino, Gustavo Scarpa, Rony, Cuello e Hulk.
Os primeiros 15 minutos de jogo foram de amasso do Atlético. Rony, com liberdade pela esquerda, encontrou Cuello dentro da área. Por duas vezes, o argentino parou em defesas de Tiago Volpi.
Passado o susto e a pressão inicial, o Grêmio se reorganizou, marcou melhor e conseguiu ficar um pouco mais com a bola no pé. Em lance polêmico, o Grêmio abriu o placar.
O Galo reclamou muito de jogada perigosa no início do lance, envolvendo Natanael e Lucas Esteves. O jogador do Grêmio levantou o pé na altura da cabeça do lateral do Galo. O lance chegou a ser revisado, e o gol foi mantido por não haver o toque.
O segundo gol saiu ainda no primeiro tempo, em falha na saída de bola, com Lyanco. Na sequência, Júnior Alonso tenta afastar, a bola bate em Arana e acaba sobrando dentro da área, para Edenilson marcar.
Não é costume da defesa atleticana falhar nesta temporada. O sistema vem sendo a grande fortaleza do time e, até o jogo desse sábado, tinha sofrido apenas três gols. Um jogo abaixo de todos os atletas do setor.
No segundo tempo, o Galo foi para o abafa. Cuca deixou o time ainda mais ofensivo, sacando Júnior Alonso e colocando Júnior Santos. O atacante, que está voltando de lesão, teve mais uma chance clara de gol e parou em Volpi mais uma vez. Rony chegou a marcar de cabeça em jogada ensaiada do Galo, mas Lyanco estava impedido, e o gol foi anulado.
João Marcelo, Rubens e Bernard também entraram na partida na tentativa de balançar as redes, e o Galo diminuiu com gol de Rony, de cabeça, em bela bola alçada na área por Gustavo Scarpa. Ao fim do jogo, o Galo teve 58% de posse de bola, finalizou 18 vezes e desempenhou para vencer.
Na estreia do Brasileirão, fora de casa, o recado que fica é que o ataque ainda precisa calibrar o pé. Não pode perder os gols que o Galo desperdiçou. Hulk desabafou no fim da partida que “quem não faz, leva”. Em corridas longas, como é o Brasileirão, esse tipo de erro por ser ainda mais cruel.
O time é bom, mas ainda há peças para chegar para completar o elenco. O desgaste do ano vai ser grande, com uma maratona de jogos e alta competividade. No Brasileiro, somar pontos até a parada para o Supermundial pode ser mais que essencial para brigar até o fim pelos objetivos.